Ucrânia: observadores europeus da OSCE estariam detidos
A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa perdeu o contato com o grupo na última segunda-feira; os separatistas negam que tenham sequestrado os monitores
A equipe de observadores que havia perdido contato com a OSCE na segunda-feira na Ucrânia está detida em um posto de controle, informou nesta terça-feira à AFP uma fonte próxima ao caso.
A fonte não soube dizer com quem está o posto de controle em questão.
Mais cedo, nesta terça, a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) anunciou que havia perdido contato na tarde de segunda-feira com uma de suas equipes de observadores posicionadas em Donetsk, região separatista do leste da Ucrânia.
"A missão de observação especial da OSCE perdeu nesta segunda-feira, às 18h00, o contato com uma de suas equipes posicionadas em Donetsk", que realizava "uma patrulha de rotina", indicou a organização em um comunicado.
Os rebeldes, contudo, negaram seu envolvimento na detenção dos quatro observadores da OSCE perto da cidade de Donetsk.
"Não sabemos nada sobre o destino ou o paradeiro dos observadores da OSCE. É a primeira vez que escutamos sobre seu desaparecimento", disse à agência russa Interfax um dos representantes da região separatista, Miroslav Rudenko.
Ao mesmo tempo, Rudenko não descartou que os homens tenham sido sequestrados por agrupamentos paramilitares do Partido Radical de Oleg Liashkó, um dos antigos candidatos à presidência do país, cujos ativistas - disse - atuam precisamente nas imediações de Donetsk.
"Também não se pode descartar que se encontrassem na zona de tiro", acrescentou em alusão aos combates que os pró-Rússia e o exército ucraniano travam desde ontem.
Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da Estônia informou que quatro observadores (entre eles um cidadão estoniano) da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) foram detidos ontem à noite perto da cidade de Donetsk.
"A OSCE está se ocupando de esclarecer as circunstâncias", disse a Chancelaria.
Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores da Estônia, Urmas Paet, disse que "os observadores da OSCE devem ser libertados sem demora e não se pode dificultar seu trabalho".
A missão especial de observação da OSCE na Ucrânia, em andamento desde o mês passado de março, conta atualmente com cerca de 280 pessoas, entre elas cerca de 200 observadores civis de 41 países.
Com informações da AFP e EFE.