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Ucrânia oferece mais poder ao leste pró-Rússia

11 abr 2014 - 17h05
(atualizado às 17h09)
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Primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, em discurso na capital Kiev, em 29 de março
Foto: AFP

O premiê interino da Ucrânia ofereceu maiores poderes às regiões do leste do país onde separatistas partidários da Rússia estão desafiando o governo.

A oferta de Arseniy Yatsenyuk ocorreu durante uma negociação com lideranças regionais de Donetsk, cidade próxima à fronteira russa onde ativistas leais a Moscou invadiram um edifício público e reivindicam um governo próprio.

Contudo, ainda não está claro se a proposta irá satisfazer os separatistas.

A ameaça da Rússia de cortar o fornecimento de gás para o país levou a Ucrânia a tentar negociar a compra do produto de companhias francesas e alemãs.

A União Europeia afirmou ser capaz de enviar gás para a Ucrânia pelos mesmos gasodutos que passam pelo país levando o produto da Rússia para a Europa, usando uma tecnologia de transmissão reversa.

Em Kiev, o ministro de Energia ucraniano, Yuri Prodan, disse que negociaria o produto "sob as condições oferecidas pelas companhias europeias de gás". Ele citou a alemã RWE e "uma empresa de gás francesa".

Na quinta-feira, o president russo, Vladimir Putin, disse em uma carta enviada a 18 países europeus que o fornecimento de gás à Ucrânia poderá ser cortado se Kiev não pagar supostas dívidas. Ele afirmou que esse ato poderia afetar a entrega de gás para a Europa.

Em 2009 a disputa sobre o gás envolvendo a Rússia e a Ucrânia levou à escassez do produto em diversos países do bloco europeu.

A russa Gazprom diz que a Ucrânia deve US$ 2,2 bilhões e recentemente dobrou o preço do produto.

Os Estados Unidos acusaram a Rússia de usar a energia como “uma ferramenta de coerção” contra a Ucrânia e disseram estar ajudando Kiev a encontrar gás e financiamento.

Progresso econômico

Em Donetsk, Yatsenyuk pediu a líderes regionais que reforçassem a mensagem de que o governo de Kiev garantirá segurança e progresso econômico para o leste do país, segundo a agência de notícias Interfax.

"No âmbito das mudanças na Constituição, nós conseguiremos satisfazer as necessidades de cada região específica", afirmou.

Mas Kiev rejeitou a pressão russa para tornar a Ucrânia uma federação ampla, temendo que mais regiões possam se separar para juntar-se à Rússia.

O protesto separatista acontece após a anexação da Crimeia à Rússia no mês passado – que foi descrita como o maior confronto político na Europa desde o fim da Guerra Fria.

Perto de Donetsk, na sexta-feira, sete mineiros morreram em uma explosão de gás aparentemente não relacionada às tensões atuais.

A comunidade, onde a maioria fala russa, é dominada por minas de carvão e indústrias dos anos da União Europeia.

Yatsenyuk disse que o russo manteria sua condição atual na região, paralelamente ao ucraniano.

A língua é uma questão delicada no leste da Ucrânia, onde laços com a Rússia são fortes.

Otan

A Organização do Tratado do Atlântico Norte disse que cerca de 40 mil soldados russos são mantidos na fronteira leste da Ucrânia.

O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, pediu por garantias legais quanto à neutralidade da Ucrânia, alertando a Otan de que a aliança não deveria tentar incluir o país no grupo.

Foto: AP

Yatsenyuk deve viajar a outra cidade do leste, Dnipropetrovsk, que também foi palco de protestos.

Ativistas na região leste da Ucrânia vêm ocupado um prédio do serviço de segurança estatal na cidade de Luhansk, com homens armados com Kalashnikov entre eles.

O governo interino acusa a Rússia de orquestrar as manifestações, mas Moscou nega qualquer envolvimento.

Na próxima semana, Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia deverão se reunir pela primeira vez desde que a crise teve início.

Em novembro, o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych, aliado da Rússia, se recusou a assinar um amplo acordo de parceria com a UE, o que desencadeou grandes manifestações de oposição e violência que forçaram sua fuga para a Rússia.

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