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Ucrânia: oposição apresentará moção de censura ao governo

2 dez 2013 - 13h57
(atualizado às 14h00)
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Os grupos parlamentares opositores apresentarão nesta terça-feira na Rada Suprema (Parlamento da Ucrânia) uma moção de censura ao governo liderado pelo primeiro-ministro, Mykola Azarov, pela renúncia ao Acordo de Associação com a União Europeia (UE) e a repressão aos protestos populares.

"A moção de censura deve ser o primeiro ponto da ordem do dia", disse hoje o líder do grupo parlamentar do partido opositor Batkivschina (Pátria), Arseni Yatseniuk, em reunião do Conselho de Conciliação do Legislativo, que contou com a presença do primeiro vice-primeiro-ministro, Serguei Arbuzov.

O presidente da Rada, Vladimir Ribak, afirmou que todas as propostas apresentadas na reunião de hoje serão abordadas na sessão plenária de amanhã. "Tanto a maioria como a oposição têm posturas definidas e amanhã poderão discutir na plenária da Rada", disse Ribakcitado pela imprensa local.

O presidente do Parlamento ressaltou a necessidade de "evitar ações radicais". Segundo Ribak, o Legislativo deve propor ao presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, uma "visão pactuada de como sair da crise de modo civilizado".

Por sua vez, o número dois do governo declarou que o Gabinete de Ministros está disposto a continuar trabalhando, "inclusive em condições tão difíceis como as de agora". "Estou aqui para mostrar que o governo trabalha, que o governo está em seu posto e cumpre suas funções", disse Arbuzov.

"Se os deputados não apóiam a destituição do Gabinete de Ministros significará que respaldam as surras aos estudantes, significará que respaldam o que ocorreu ontem à noite", disse Yatseniuk à imprensa na saída da reunião do Conselho de Conciliação.

O governo da Ucrânia negou que estude implantar o estado de exceção no país devido aos protestos da oposição e os violentos enfrentamentos de ontem em Kiev, que deixaram quase 200 feridos hospitalizados, entre policiais e manifestantes. No começo da manhã de hoje os opositores bloquearam todos os acessos à sede do governo ucraniano, por isso os funcionários não puderam chegar aos seus escritórios.

EFE   
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