Centenas de opositores bloquearam nesta quarta-feira a entrada principal da sede do governo ucraniano, mas não conseguiram isolar o edifício, pois um de seus acessos secundários está protegido pela polícia antidistúrbios.
Durante dois dias consecutivos, segunda e terça-feira, os manifestantes conseguiram impedir a passagem dos funcionários para a sede do Executivo, situação que - segundo o primeiro-ministro, Nicolai Azarov - poderia ter graves consequências para os cidadãos, como atrasos no pagamento das pensões.
Os opositores, que protestam pela negativa da Ucrânia em assinar um acordo de associação com a União Europeia e exigem a realização de eleições parlamentares e presidenciais antecipadas, montaram também piquetes junto ao complexo de edifícios da Presidência.
Segundo o escritório de imprensa do partido UDAR, liderado por Vitali Klitschko, atual campeão mundial de boxe dos pesos-pesados do Conselho Mundial de Boxe (WBC), a oposição não descarta o bloqueio de outros edifícios públicos.
Assim como no domingo passado, quando a oposição tomou a Praça da Independência, milhares de pessoas passaram a noite no acampamento organizado no coração de Kiev.
Fim da escalada
O premiê Azarov também pediu nesta quarta à oposição o fim da "escalada" de tensão política. "O Parlamento expressou ontem (terça-feira) sua confiança no governo. É um fato que a oposição e nossos sócios estrangeiros devem aceitar. Peço o fim da escalada da tensão política", declarou Azarov no início de um conselho de ministros.
1º de dezembro - Manifestantes protestam em Kiev, na Ucrânia
Foto: AFP
1º de dezembro - O protesto exige a demissão do presidente Viktor Yanukovitch
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1º de dezembro - A oposição ucraniana convocou uma greve geral a partir deste domingo
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1º de dezembro - Neste domingo o primeiro ministro ucraniano, Mykola Azarov, anunciou que Yanukovitch viajará à Rússia nos próximos meses, apesar de o presidente afirmar que quer se aproximar da UE
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1º de dezembro - A vizinha e poderosa Rússia se opõe a este tratado
Foto: AFP
1º de dezembro - "Revolução! Que vergonha! Ucrânia é Europa!" - gritavam os manifestantes, que tomaram a praça levando bandeiras ucranianas e europeias e gritando slogans contra o presidente, que, na última sexta-feira, se recusou a assinar um acordo com a União Europeia
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2 de dezembro - Homem canta durante protesto contra o governo da Ucrânia na Praça Independência em Kiev
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2 de dezembro - Vista panorâmica do protesto massivo no centro de Kiev
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2 de dezembro - Manifestantes atrás de barricada nas primeiras horas de segunda-feira em Kiev
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2 de dezembro - Manifestantes participam de protestos em frente à sede do governo em Kiev
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2 de dezembro - Arseniy Yatsenyuk, líder opositor, durante discurso a manifestantes e críticos do governo do premiê ucraniano
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2 de dezembro - Mulher canta com a bandeira ucraniana nas mãos durante protesto da oposição em Kiev
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2 de dezembro - Jovem participa do protesto da oposição durante a noite de segunda-feira na Praça Independência, em Kiev
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2 de dezembro - Multidão canta e se mobiliza durante protesto da oposição ucraniana em Kiev com bandeiras nacionais e da União Europeia
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8 dezembro - Oposição desafia resistência do governo com novo protesto massivo na Maidan Nezalezhnosti, ou Praça da Independência, em Kiev
Foto: Reuters
8 dezembro - Vista aérea das milhares de pessoas mobilizadas no centro da capital da Ucrânia
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8 dezembro - Cristãos em momento de fé durante os protestos contra o governo do presidente Viktor Yanukovitch
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8 dezembro - Flores depositadas em frente a cordão de policiais alocados na Praça da Independência
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8 dezembro - Ativista pró-Europa em frente a policiais em Kiev
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8 dezembro - Ucraniano marreta estátua de Lênin, derrubada durante protestos contra o governo ucraniano em Kiev
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8 dezembro - Estátua do líder comunista histórico da Rússia foi depredada por manifestantes; oposição critica ligação da Ucrânia com a Rússia e exige aproximação à Europa
Foto: AP
8 dezembro - Domingo foi palco de novos massivos protestos de opositores, mobilizados há três semanas na capital da Ucrânia
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8 dezembro - Imagem da ex-premiê ucraniana Julia Timoshenko, atualmente presa, na Praça Independência
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8 dezembro - Manifestantes constroem barricadas para manter os protestos em frente à sede do governo, em Kiev
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8 dezembro - Manifestante faz o sinal da cruz durante a mobilização da "Marcha do milhão", em Kiev
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9 de dezembro - Pessoas usam martelos para destruir a estátua de Vladimir Lênin em Kiev. A imagem do fundador da União Soviétia foi derrubada por manifestantes pró-UE no domingo
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9 de dezembro - Manifestantes cercam a estátua de Lênin nesta segunda-feira
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9 de dezembro - Soldados do Ministério do Interior ucraniano fazem barreira protetora durante forte nevasca
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9 de dezembro - Manifestantes contrários ao governo mantêm barricada em Kiev
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9 de dezembro - Onda de protestos eclodiu quando o governo ucraniano desistiu das negociações para entrar na União Europeia
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9 de dezembro - Agente do Ministério do Interior participa de operação para conter protestos durante nevasca
Foto: Reuters
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Manifestante dispara gás lacrimogêneo contra policias durante protesto em Kiev, na Ucrânia. Milhares de manifestantes de oposição protestaram nesta segunda-feira em frente ao Gabinete de Ministros Ucranianos pedindo que o governo volte atrás da decisão de desistir da adesão à União Europeia. Centenas de pessoas confrontaram a polícia
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Manifestantes usam gás lacrimogêneo contra policiais, em Kiev
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Antes da pancadaria, mulher oferece chocolate para policiais em frente a escritórios de ministros ucranianos
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Manifestantes cercam policial durante o confronto. O presidente Viktor Yanukovych anunciou na semana passada que a Ucrânia estava desistindo de um potencial acordo com a UE para focar nas relações com a Rússia
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As manifestações se estenderam durante todo o dia em Kiev
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Manifestantes enfrentaram a neve para protestar contra a decisão do presidente
Foto: Reuters
Manifestantes acamparam em praça de Kiev para participar de protestos desde a noite de sexta-feira. De acordo com a agência AFP, estes são as maiores manifestações na Ucrânia desde a chamada Revolução Laranja de 2004, que levou a um governo pró-ocidente