Ucrânia: parlamento aprova nome do novo primeiro-ministro
Com maioria dos votos, o candidato Arseni Yatseniuk foi nomeado o primeiro-ministro e governará o país até as eleições presidenciais de maio
A Rada Suprema (Parlamento da Ucrânia) aprovou nesta quinta-feira por ampla maioria a candidatura do pró-europeu Arseni Yatseniuk, ex-ministro da economia, ao cargo de primeiro-ministro do Governo da União Nacional na Ucrânia, que se encarregará de dirigir o país até as eleições presidenciais do dia 25 de maio.
Yatseniuk reconheceu que o país "está à beira do colapso político e econômico", defendeu sua integridade territorial e a assinatura de um Acordo de Associação com a União Europeia (UE).
Yatseniuk é um jurista e economista de meteórica ascensão política, que se impôs como um dos líderes opositores ao presidente destituído Viktor Yanukovytch. Aos 39 anos, Yatseniuk desempenhou as funções de ministro da Economia e das Relações Exteriores. Na crise política atual, adotou uma posição firme, chegando a rejeitar o posto de primeiro-ministro proposto em janeiro por Yanukovytch.
Menos conhecido no exterior que o ex-boxeador Vitali Klitschko, outro líder da oposição, Yatseniuk tem a imagem de um "banqueiro intelectual", segundo a revista Focus.
O economista negociou especialmente a entrada da Ucrânia na Organização Mundial do Comércio (OMC) e as relações com a União Europeia.
Entre 2005 e 2006, ele ocupou os postos de ministro da Economia. Em 2007, o de ministro das Relações Exteriores. Essas experiências podem ser importantes, no momento em que o país enfrenta uma grave crise econômica. Segundo o ministro interino das Finanças, Kiev precisa de US$ 35 bilhões nos próximos dois anos.
Depois de passar pelo Banco Central, a Revolução Laranja o promoveu, em 2005, à pasta de Economia da Ucrânia. Doi anos depois, ele liderou diplomacia do país, na qual manteve uma postura pró-Europa. Ele também presidiu o Parlamento ucraniano entre 2007 e 2008.
Em 2010, Yatseniuk se candidatou à eleição presidencial, obtendo 7% dos votos. Ele recusou o convite de Viktor Yanukovytch para integrar o governo. Em 2012, seu partido, a Frente para a Mudança, decidiu se dissolver para se juntar ao de Yulia Tymoshenko.
Com informações da AFP e EFE.