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Ucrânia pede à UE sanções contra Rússia por apoiar rebeldes

Chefes de Estado e de Governo da União Europeia se reúnem no final do dia para debater o assunto

16 jul 2014 - 09h21
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<p>Presidente ucraniano, Petro Poroshenko se re&uacute;ne com militares&nbsp;perto da cidade de Slaviansk, em 8 de julho</p>
Presidente ucraniano, Petro Poroshenko se reúne com militares perto da cidade de Slaviansk, em 8 de julho
Foto: Gleb Garanich / Reuters

A Ucrânia lançou nesta quarta-feira uma ofensiva diplomática para que a União Europeia adote novas sanções contra a Rússia por seu apoio aos separatistas rebeldes do leste ucraniano.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia se reúnem no final do dia em uma cúpula que poderá ampliar suas sanções contra a Rússia.

"Há um certo cansaço em relação à Rússia, que promete e não faz nada", confidenciou uma fonte em Bruxelas.

O ministério ucraniano das Relações Exteriores pediu a adoção de sanções na chamada "fase 3" para contrapor a "agressão russa".

O presidente Petro Poroshenko afirmou em seus inúmeros contatos diretos ou por telefone com os ocidentais que continuam chegando armas e combatentes procedentes da Rússia no leste da Ucrânia.

Poroshenko conversou na terça-feira por telefone com a chefe de Governo da Alemanha, Angela Merkel, e com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para saber "que apoio a comunidade internacional pode oferecer" à Ucrânia, antes da reunião europeia desta quarta-feira sobre a questão, afirma um comunicado da presidência.

Merkel considerou nesta quarta-feira que a Rússia não cumpriu com as expectativas para reduzir as tensões na Ucrânia.

"As potenciais consequências de não cumprir com as expectativas serão discutidas na cúpula europeia de Bruxelas nesta quarta-feira", destacou seu porta-voz em coletiva de imprensa.

Segundo fontes diplomáticas, isso deverá acarretar novas sanções econômicas contra Moscou.

Já o grupo de contato sobre a Ucrânia lamentou nesta quarta-feira a "falta de boa vontade" dos separatistas pró-Rússia para o diálogo e informou que a videoconferência prevista para terça-feira em busca de uma solução para a crise não foi realizada.

"Lamentavelmente, uma videoconferência com os separatistas prevista para terça-feira não aconteceu", informou o grupo de contato (formado pela OSCE, Ucrânia e Rússia) no site da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa.

"Isto demonstra a falta de boa vontade dos separatistas para iniciar negociações substanciais sobre um cessar-fogo mutuamente aceitável", completa o grupo.

A Otan também denunciou "o fortalecimento das tropas russas" na fronteira com a Ucrânia.

O número dois do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia e ex-ministro da Defesa, Mikhailo Koval, afirmou na segunda-feira que a Ucrânia estava, "mais do que nunca, suscetível a um grande ataque" por parte da Rússia.

Ainda segundo Koval, as tropas russas estão concentradas ao longo de toda a fronteira, de Tchernigiv (norte) a Novoazovsk (sudeste), com "22 mil soldados russos na Crimeia", a península ucraniana anexadas pela Rússia em março.

O conflito já deixou mais de 600 mortos em três meses.

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