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Europa

Ucrânia prosseguirá com ofensiva militar no leste do país

Autoridades ucranianas alegam que guardas da fronteira russa não estão impedindo que combatentes cruzem a fronteira com caminhões carregados de armas e munição

30 mai 2014 - 13h59
(atualizado às 14h01)
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<p>Um franco-atirador pró-Rússia monta guarda próximo a um prédio da administração local na cidade ucraniana de Donetsk, em 29 de maio</p>
Um franco-atirador pró-Rússia monta guarda próximo a um prédio da administração local na cidade ucraniana de Donetsk, em 29 de maio
Foto: Reuters

O governo da Ucrânia prometeu nesta sexta-feira avançar em uma ofensiva militar contra separatistas, apesar de um ataque mortal a um helicóptero do Exército, em meio à relatos crescentes de que combatentes voluntários da Rússia estão envolvidos em rebeliões no leste.

O presidente eleito, Petro Poroshenko, que conseguiu uma vitória esmagadora nas urnas em 25 de maio, jurou punir os responsáveis pela derrubada do helicóptero na quinta-feira, próximo à Slaviansk, que matou 14 militares, incluindo um general.

O ministro interino da Defesa, Mykhilo Koval, repetindo acusações de que a Rússia estava realizando "operações especiais" no leste da Ucrânia, disse nesta sexta-feira que as forças ucranianas vão continuar com ofensivas militares nas áreas de fronteira "até que essas regiões comecem a viver normalmente, até que haja paz".

As autoridades ucranianas alegam há tempos que as rebeliões têm sido fomentadas por Moscou entre a população de língua russa, que é especialmente vulnerável à propaganda de fronteira hostil à revolução pró-União Europeia, em Kiev, que derrubou o presidente apoiado por Moscou, Viktor Yanukovich, em fevereiro.

Relatos de autoridades da fronteira ucraniana e de jornalistas em terra parecem agora mostrar evidências crescentes de envolvimento direto de combatentes voluntários russos nas rebeliões que eclodiram há dois meses, logo após a anexação da Crimeia pela Rússia.

De acordo com esses relatos, os combatentes podem estar entrando na Ucrânia por locais antes turbulentos na Rússia e no extremo do Norte do Cáucaso, como a Chechênia, cujos próprios problemas nos últimos 20 anos deram origem à proliferação de grupos armados.

As autoridades da Ucrânia dizem que os guardas da fronteira russa não estão fazendo nada para impedir que combatentes cruzem a longa fronteira com a Rússia, com caminhões carregados de munição e armas.

No último relato do tipo, guardas da fronteira ucraniana disseram na sexta-feira terem apreendido um arsenal de armas, incluindo pistolas, metralhadoras, granadas, rifles de precisão e 84 caixas de munição em dois carros que estavam vindo da Rússia.

No total, 13 pessoas foram detidas, disse o serviço de guarda da fronteira em comunicado divulgado em seu site.

Correspondentes da Reuters em Donetsk, cidade industrial e um dos principais centros separatistas, viram caixões sendo colocados em um caminhão de vegetais na quinta-feira após serem informados por rebeldes que os "voluntários" da Rússia mortos no começo da semana em uma ofensiva militar estavam sendo repatriados.

Corpos voltam à Rússia

Uma autoridade do serviço de guardas da fronteira ucraniana disse nesta sexta-feira que estava sendo autorizado o retorno dos corpos dos cidadãos russos para a Rússia, por razões humanitárias.

"Nós não precisamos que eles fertilizem a terra da Ucrânia", disse Serhiy Astakhov, um assessor do chefe do serviço de guarda de fronteira em Kiev, em resposta à pergunta de um jornalista.

O ministro do Interior Arsen Avakov disse que as armas só poderiam ter sido trazidas da Rússia e foram encontradas no aeroporto de Donetsk após este ter sido retomado dos rebeldes.

Os relatos têm elevado novamente as tensões Rússia-Ocidente, levemente aliviadas depois de Moscou ter retirado milhares de soldados da fronteira com a Ucrânia, no que os Estados Unidos descreveram como um "sinal promissor".

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