Pelo menos 331 pessoas morreram na Ucrânia de 6 de setembro, quando entrou em vigor o cessar-fogo, até 6 de outubro, segundo um comunicado sobre os direitos humanos no país divulgado pela ONU em Genebra.
"Desde o início do cessar-fogo, entre 6 de setembro e 6 de outubro, foram registradas 331 mortes", afirma o comunicado que acompanha a atualização do relatório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas.
O relatório, elaborado pela equipe de 35 observadores da ONU na Ucrânia, que cobre o período de 18 de agosto a 16 de setembro, também destaca o "número crescente de combatentes estrangeiros, incluindo supostos cidadãos russos, que reforçaram entre 24 de agosto e 5 de setembro as fileiras dos grupos armados da república autoproclamada de Donetsk e da república de Lugansk".
"Durante o período estudado, o direito humanitário internacional continuou sendo violado pelos grupos armados e certas unidades sob o controle do exército ucraniano", afirma o relatório, que cita "confrontos, combates e disparos de artilharia cotidianos".
"Grupos armados continuam aterrorizando a população nas áreas que controlam, matando, sequestrando, torturando e maltratando a população", destaca a ONU.
O documento também cita informações sobre maus-tratos aos prisioneiros das Forças Armadas e a polícia ucranianas.
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, destacou que todas as violações dos direitos humanos devem ser objeto de investigações e processos judiciais.
Gianni Magazzeni, diretor do departamento para as Américas, Europa e Ásia central do Alto Comissariado, afirmou que o balanço global de mortes é "muito conservador" e que o número real deve ser muito maior.
A ex-croupier Gaika se juntou aos rebeldes pró-Rússia e se tornou especialista em manobrar obuseiros, tipo de arma que dispara projéteis explosivos em trajetórias curvas, na cidade de Makievka, leste da Ucrânia, em 6 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters
Irina, funcionária de um posto de gasolina se tornou membro do grupo rebelde na cidade de Makievka, leste da Ucrânia, em 6 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters
A rebelde pró-Rússia Alla, apelidada de Ryzhaya (a ruiva), posa para foto durante uma entrevista na cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, em 5 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters
Uma rebelde pró-russa é fotografada ao lado de um caminhão antes de partir para o Aeroporto Internacional Prokofiev durante combates com o governo ucraniano na cidade de Donetsk, em 4 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters
Stella, de 33 anos, fica de guarda no vilarejo de Schastya, próximo à cidade de Lugansk, no leste da Ucrânia, em 26 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili / Reuters
Nadie, de 36 anos, é captada pelas lentes do fotógrafo da Reuters em um campo militar em Lugansk, no leste ucraniano, em 24 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili / Reuters
Mulheres também aderiram ao grupo na cidade de Nizhnaya Krinka, no leste ucraniano; foto tirada em 23 de setembro
Foto: Marko Djurica / Reuters
Rebelde monta guarda em Horlivka, em 18 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili / Reuters
Separatista pró-russa tira foto junto de seu rifle em Donetsk, leste da Ucrânia, em 17 de setembro
Foto: Marko Djurica / Reuters
Uma mulher que luta ao lado dos separatistas pró-russos posa para a foto junto da sua pistola em Lugansk, em 14 de setembro
Foto: Marko Djurica / Reuters
Centenas de mulheres que se aliaram ao movimento separatista pró-russo estão espalhadas por todo o leste ucraniano; registro feito em 10 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili / Reuters
As separatistas aderiram à luta armada para combater as forças do governo ucraniano em Donetsk; foto tirada em 8 de setembro