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Ucrânia registra mais de 300 mortes desde início de trégua

Um relatório da ONU apontou um aumento no número de combatentes estrangeiros, incluindo supostos cidadãos russos

8 out 2014 - 19h32
(atualizado às 19h33)
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<p>Um policial caminha próximo ao corpo de uma vítima, morta em um bombardeio em Donetsk, na Ucrânia, em 8 de outubro</p>
Um policial caminha próximo ao corpo de uma vítima, morta em um bombardeio em Donetsk, na Ucrânia, em 8 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters

Pelo menos 331 pessoas morreram na Ucrânia de 6 de setembro, quando entrou em vigor o cessar-fogo, até 6 de outubro, segundo um comunicado sobre os direitos humanos no país divulgado pela ONU em Genebra.

"Desde o início do cessar-fogo, entre 6 de setembro e 6 de outubro, foram registradas 331 mortes", afirma o comunicado que acompanha a atualização do relatório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas.

O relatório, elaborado pela equipe de 35 observadores da ONU na Ucrânia, que cobre o período de 18 de agosto a 16 de setembro, também destaca o "número crescente de combatentes estrangeiros, incluindo supostos cidadãos russos, que reforçaram entre 24 de agosto e 5 de setembro as fileiras dos grupos armados da república autoproclamada de Donetsk e da república de Lugansk".

"Durante o período estudado, o direito humanitário internacional continuou sendo violado pelos grupos armados e certas unidades sob o controle do exército ucraniano", afirma o relatório, que cita "confrontos, combates e disparos de artilharia cotidianos".

"Grupos armados continuam aterrorizando a população nas áreas que controlam, matando, sequestrando, torturando e maltratando a população", destaca a ONU.

O documento também cita informações sobre maus-tratos aos prisioneiros das Forças Armadas e a polícia ucranianas.

O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, destacou que todas as violações dos direitos humanos devem ser objeto de investigações e processos judiciais.

Gianni Magazzeni, diretor do departamento para as Américas, Europa e Ásia central do Alto Comissariado, afirmou que o balanço global de mortes é "muito conservador" e que o número real deve ser muito maior.

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