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Ucrânia: UE pede investigação após mortes em porto

4 mai 2014 - 00h55
(atualizado às 01h06)
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A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, pediu neste sábado uma investigação independente para identificar os responsáveis pela violência que deixou cerca de 40 mortos nesta sexta-feira em Odessa, porto do sul da Ucrânia.

Catherine pediu moderação, para que a situação não se agrave. "O que provocou a perda trágica de tantas vidas deve ser esclarecido por meio de uma investigação independente, e os responsáveis devem responder na Justiça", afirmou Catherine. "A União Europeia (UE) convoca todas as partes à maior moderação possível e que não se explore essa tragédia para incitar mais ódio, divisões e violência gratuita", acrescentou a diplomata, que também manifestou suas "condolências às famílias das vítimas". Para ela, os eventos de sexta-feira foram uma "violência cega".

Na véspera, um incêndio "de origem criminosa" arrasou à noite a Casa dos Sindicatos de Odessa e causou a morte de 31 militantes pró-Rússia que haviam se entrincheirado no prédio, cercado por partidários do governo central. Antes, uma manifestação em favor da união da Ucrânia havia sido atacada por pró-russos, deixando quatro mortos.

Segundo a polícia local, pelo menos 42 pessoas morreram na sexta, em Odessa. A representante da UE pediu a "todos os ucranianos que se reúnam e descubram como superar as divisões alimentadas de maneira artificial nesses últimos meses".

"Todas as forças políticas devem, a partir de agora, assumir sua responsabilidade e travar um diálogo para encontrar um denominador comum para a crise. Todos os signatários do acordo de Genebra de 17 de abril devem redobrar seus esforços para que ele seja aplicado", insistiu.

Concluído a duras penas em meados de abril entre Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e UE, esse acordo visava, justamente, à redução das tensões na Ucrânia. Em um segundo comunicado, a diplomata comemorou a libertação dos inspetores da OSCE feitos reféns pelos rebeldes separatistas de Slaviansk, no leste da Ucrânia.

"Somos muito gratos a todos os que trabalharam para esse desfecho positivo. É necessário agora que isso seja seguido pela libertação de todos os reféns detidos por grupos ilegalmente armados na Ucrânia", frisou.

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AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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