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UE anuncia sanções ao comandante do Exército russo

Outras 14 pessoas receberam sanções da União Europeia, entre elas o diretor do serviço de inteligência militar da Rússia

29 abr 2014 - 07h42
(atualizado às 07h47)
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Comandante das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, durante evento em março de 2013
Comandante das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, durante evento em março de 2013
Foto: Reuters

O comandante do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia e o diretor do serviço de inteligência militar estão na lista de 15 pessoas submetidas a sanções pela União Europeia (UE) a partir desta terça-feira.

O general Valeri Guerasimov, comandante do Estado-Maior, e o diretor do Departamento Central de Inteligência Militar (GRU), Igor Sergun, são sancionados por "ações que menosprezam ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia", segundo a decisão publicada no Diário Oficial da UE.

Com o anúncio da UE, passa a haver o congelamento de ativos e proibição de viagens a 15 russos e ucranianos, incluindo o vice-primeiro-ministro, Dmitry Nikolayevich Kozak, em resposta às ações de Moscou na Ucrânia.

Entre outras pessoas incluídas na lista anunciada nesta terça-feira estão a vice-presidente da Duma Federal, a câmara baixa do Parlamento, Ludmila Ivanovna Shvetsova, Valery Vasilevich Gerasimov, chefe de gabinete das Forças Armadas Russas, e líderes separatistas. Mas as sanções não atingem os chefes das gigantes do setor de energia como Igor Sechin, presidente da Rosneft, que foi incluído numa lista de sanções dos EUA na segunda-feira.

Entre as pessoas punidas - nove russos e seis ucranianos - estão seis líderes separatistas do leste da Ucrânia, os principais políticos russos envolvidos na integração da Crimeia à Rússia e dirigentes da Crimeia.

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As sanções incluem a proibição de vistos e o bloqueio de bens.

O governo russo não demorou a reagir e criticou as sanções da UE. "Ao invés de forçar a camarilha de Kiev a sentar à mesa de negociações para discutir sobre o futuro do país, nossos sócios europeus se deixam arrastar por Washington com novos gestos inamistosos contra a Rússa", afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores.

A nova lista é adicionada a uma relação anterior de 33 nomes. Agora são 48 dirigentes russos ou ucranianos separatistas sancionados.

Entre as pessoas submetidas a sanções estão personalidades próximas do presidente russo Vladimir Putin.

A UE considera que Guerasimov é "responsável pelo envio em massa de tropas russas ao longo da fronteira com a Ucrânia e pela recusa em reduzir a tensão".

Igor Sergun é considerado responsável pela atuação dos agentes do GRU no leste da Ucrânia.

A UE também puniu dois vice-presidentes da Duma (câmara baixa do Parlamento, Serguei Neverov e Ludmila Shvetsova, acusados de "propor legislação para integrar" a Crimeia à Rússia.

Os dirigentes separatistas sancionados pela UE são Valeri Bolotov, líder do grupo "Exército do Leste", German Prokopiv, chefe da "Guarda de Lugansk", e Andrei Purgin, líder da "República de Donetsk" acusado de coordenar as ações dos "turistas russos", em referência aos agentes do país vizinho.

Também figuram na lista outros dirigentes envolvidos na Crimeia, como Dmitri Kozak, "responsável pela supervisão da integração da Crimeia", Oleg Savelyev, ministro russo de Assuntos para a Crimeia, e Serguei Menyailo, "governador em função da cidade anexada de Sebastopol".

Segundo fontes diplomáticas, a lista pode ser ampliada no caso de continuidade da crise na Ucrânia.

Além disso, 22 dirigentes do antigo regime ucraniano foram punidos com um congelamento dos bens por desvio de recursos públicos.

Com informações da AFP e Reuters.

Fonte: Terra
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