UE promete mais 78 milhões de euros para combate ao Ebola
Contribuições nacionais devem ser adicionadas aos 150 milhões de euros desbloqueados pela Comissão Europeia para apoiar os três países mais afetados pela epidemia, Nigéria, Libéria e Serra Leoa
Membros da União Europeia comprometeram-se a doar 78 milhões de euros adicionais para ajudar na luta contra o Ebola, informou nesta quarta-feira a comissária europeia para a Ajuda Humanitária, Kristalina Georgieva.
Estas contribuições nacionais devem ser adicionadas aos 150 milhões de euros desbloqueados pela Comissão Europeia para apoiar os três países mais afetados pela epidemia, Nigéria, Libéria e Serra Leoa.
Os Estados-membros assumiram esses compromissos em uma reunião de alto nível realizada na segunda-feira em Bruxelas para coordenar a resposta europeia à epidemia, declarou Georgieva perante o Parlamento Europeu.
A UE deve prosseguir com os esforços de coordenação durante a reunião dos ministros da Saúde programada para 22 e 23 de setembro em Milão, enquanto a ONU estimou em US$ 1 bilhão os fundos necessários para conter a epidemia.
Georgieva pediu para que os países da UE revelassem suas contribuições até a reunião de Milão, para que a UE apresente um envelope comum e significativo de ajuda para as Nações Unidas.
A Alemanha manifestou sua disponibilidade para receber pacientes em seus hospitais, enquanto a Áustria concordou em prestar assistência material e a Irlanda, Eslováquia, Luxemburgo, Estônia, Polônia e Suécia prometeram fundos, de acordo com uma fonte europeia. A França, com dez milhões de euros, e o Reino Unido são os países europeus na linha de frente neste combate.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que "medidas drásticas" devem ser tomadas para conter o surto de ebola na África Ocidental, que já matou cerca de 400 pessoas. É o maior surto em números de casos, número de mortes e em distribuição geográfica. Na foto, uma equipe está próxima ao corpo de uma vítima
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Mais de 600 casos já foram registrados na República da Guiné, onde o surto começou há 4 meses em Guekedou (foto acima). O local já foi um importante posto de troca na região, atraindo comerciantes de diversos países vizinhos.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou que o surto de ebola está fora do controle. O MSF tem cerca de 300 funcionários nacionais e internacionais trabalhando nos países onde o vírus se espalhou. Outros países estão sob alerta. A foto acima mostra um paciente sendo tratado por funcionários da organização.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
O ebola é uma doença viral, cujos sintomas inciais podem incluir febre repentina, forte fraqueza, dores musculares e de garganta, segundo a OMS. E isso é só o início: o próximo passo é vômito, diarreia e, em alguns casos, hemorragia interna e externa.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
O vírus é altamente contagioso,e não tem vacina ou cura, por isso equipes médicas usam roupas especiais para evitar contaminação. Dependendo da força, até 90% dos infectados morrem. Na foto, pacientes esperam resultado de exames de sangue
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Os testes de laboratório irão determinar em questão de horas se as amostras contém ou não o vírus do ebola
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Após exposição ao vírus na área isolada, roupas e botas das equipes de atendimento são desinfetadas com cloro
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Além de cuidar da clínica, a equipe tenta conscientizar as pessoas sobre a doença. No bairro de Touloubengo, colchões são distribuídos a cinco famílias cujas casas foram desinfetadas após a morte de um membro.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Sia Bintou passou mais de 10 dias em tratamento, com poucas esperanças de deixar o local viva, mas sobreviveu. Enquanto não há um tratamento específico para o ebola, a equipe tenta fortalecer os pacientes tratando os sintomas.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
Mas nem todos se salvam. Nessa foto, a família de Finda Marie Kamano, incluindo sua irmã (centro), e outros membros da comunidade, estão presentes em seu funeral próximo a sua casa.
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
A sepultura de Finda Marie é marcada com um broto de árvore
Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF / BBC News Brasil
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