Vaticano mantém silêncio sobre embaixador francês gay
Jornal francês afirmou que o Vaticano considera uma provocação a indicação de um homsosexual para o cargo
A França defende sua indicação para embaixador na Santa Sé, disse uma autoridade nesta sexta-feira (10), apesar de o Vaticano ainda não ter reconhecido o ocupante do cargo mais de três meses após a nomeação, um atraso que as mídias francesa e italiana atribuem à sexualidade do diplomata.
O governo de François Hollande nomeou o chefe de protocolo da Presidência, Laurent Stefanini, para o cargo em 5 de janeiro, mas ainda não obteve retorno do Vaticano.
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"Ainda estamos esperando pela resposta do pedido de sua validação. Laurent Stefanini é um de nossos melhores diplomatas, é por isso que o estamos propondo", disse uma fonte do Palácio do Eliseu.
O jornal católico francês La Croix citou uma fonte não identificada dizendo que o Vaticano considerava uma "provocação" a indicação de um homossexual para o cargo pelo governo socialista francês, que em 2013 aprovou uma lei permitindo o casamento gay.
O governo francês não emitiu comentários oficiais sobre o assunto e o Vaticano também não quis comentar a nomeação de Stefanini, que já ocupou o segundo cargo mais graduado da embaixada francesa na Santa Sé.
Não foi possível falar com Stefanini no Eliseu via telefone nesta sexta. "Quando o embaixador é indicado, o nome é publicado no boletim oficial da Santa Sé. Até lá, não há nada a ser dito", disse o gabinete de comunicação do Vaticano em resposta a questionamentos.