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Veja revelações do WikiLeaks sobre os presidentes franceses

Em 2012, Hollande teria ficado decepcionado após a primeira reunião com Merkel, considerada como algo "puramente para o espetáculo"

24 jun 2015 - 11h12
(atualizado às 17h27)
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Documentos divulgados pelo Wikileaks indicam que os EUA espionaram em Jacques Chirac (E), Nicolas Sarkozy e François Hollande
Documentos divulgados pelo Wikileaks indicam que os EUA espionaram em Jacques Chirac (E), Nicolas Sarkozy e François Hollande
Foto: AFP

Uma série de revelações foram divulgadas nesta terça-feira (24) pelo WikiLeaks, por meio do jornal francês Libération e do site de notícias Mediapart. Entre elas, há informações sigilosas sobre Hollande e Sarkozy. Confira as principais revelações:

Uma nota de 22 de maio de 2012 revela que, durante uma conversa com o então primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, em 18 de maio de 2012, poucos dias depois de sua posse como presidente, a NSA indicava que Hollande teria "aceitado a realização de reuniões secretas em Paris para discutir a crise da zona do euro, e em particular sobre as consequências de uma saída da Grécia" do bloco com o Partido Social-Democrata (SPD) da Alemanha, então na oposição ao governo da chanceler Angela Merkel.

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Ayrault teria expressado preocupação com a possibilidade de Merkel ser informada.

Hollande teria ficado decepcionado após a primeira reunião com Merkel, considerada como algo "puramente para o espetáculo" e sem "nada substancial". Hollande teria apontado também a preocupação com a Grécia e os gregos por conta da inflexibilidade da chanceler.

Outra nota, de 30 de outubro de 2008, (Mediapart afirma que não é possível "saber até o momento se esta é resultado de escutas, de interceptações ou de conversas com fontes americanas") dizia que "o presidente Nicolas Sarkozy considera que é sua responsabilidade com a Europa e o mundo estar na linha de frente e solucionar a crise financeira. Declarou depois que ele é o único, dada a presidência francesa da UE, que pode iniciar a batalha neste momento. O presidente atribui vários problemas econômicos atuais a erros cometidos pelo governo americano, mas acredita que Washington agora escuta alguns de seus conselhos".

Em 24 de março de 2010, uma terceira nota relatava um "intercâmbio" entre o embaixador francês em Washington, Pierre Vimont, e um conselheiro de Sarkozy, Jean-David Levitte, a respeito de uma futura reunião entre Sarkozy e Barack Obama em Washington. Segundo a nota, Vimont indicou que o presidente francês expressaria "sua frustração com o retrocesso de Washington sobre a proposta de acordo de cooperação bilateral sobre inteligência". Segundo Vimont e Levitte, o principal obstáculo é que os Estados Unidos contam com prosseguir espionando a França.

Nicolas Sarkozy afirmou, segundo uma nota de 10 de junho de 2011, que "em 7 de junho sua determinação de avançar com uma iniciativa para reativar negociações de paz diretas" entre Israel e os palestinos. Sarkozy teria planejado incorporar a sua iniciativa o presidente russo da época, Dmitri Medvedev, ou dar um ultimato a Obama "a respeito do Estado palestino".

Outra nota, de dezembro de 2006, Jacques Chirac "disse ao ministro das Relações Exteriores Philippe Douste-Blazy em 23 de dezembro para se fazer o necessário para assegurar que então enviado especial da ONU para a aplicação da resolução 1559 do Conselho de Segurança (para que a Síria retirasse as tropas do Líbano) fosse eleito secretário-geral adjunto da ONU".

Wikileaks denuncia gasto britânico milionário com Assange:
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