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Evacuação em Mariupol é suspensa pouco após início

Rússia havia anunciado cessar-fogo temporário em duas cidades

5 mar 2022 - 09h34
(atualizado às 11h19)
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A evacuação de civis da cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, foi interrompida em meio a acusações de violações do cessar-fogo por parte das forças de ocupação russas.

Protesto em Zurique, na Suíça, contra invasão da Ucrânia pela Rússia
Protesto em Zurique, na Suíça, contra invasão da Ucrânia pela Rússia
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A trégua temporária havia sido anunciada pela própria Rússia para a manhã deste sábado (5) e permitiria a saída de pessoas por meio de corredores humanitários, como tinha sido acordado nas negociações entre Moscou e Kiev em Belarus.

"Devido ao fato de que o lado russo não aderiu ao cessar-fogo e continua bombardeando Mariupol e seus arredores, a evacuação da população civil foi adiada", diz um comunicado divulgado pela prefeitura nas redes sociais.

Mariupol tem cerca de 450 mil habitantes e está sob cerco da Rússia desde o início da semana, o que provocou o corte no abastecimento de água potável.

"Pedimos para todos os residentes de Mariupol se dispersarem e ir para lugares onde possam se abrigar", acrescenta a nota, ressaltando que negociações estão em curso para retomar a evacuação.

Já o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse em coletiva de imprensa que "ninguém se apresentou nos corredores humanitários" abertos neste sábado - além de Mariupol, o cessar-fogo envolve o município de Volnovakha, de pouco mais de 20 mil habitantes.

"Esperamos que o acordo sobre os corredores humanitários seja aplicado e que seja permitido aos civis deixar a Ucrânia", ressaltou o chanceler. As autoridades de Mariupol afirmam que a Rússia não respeitou a trégua ao longo do percurso concordado, que terminaria em Zaporizhzhia.

Estima-se que mais de 200 mil pessoas possam deixar Mariupol e que outras 15 mil possam sair de Volnovakha, cidade que, segundo o deputado local Dmytro Lubinets, foi 90% danificada pelos bombardeios russos.

"Os cadáveres não foram recolhidos, e as pessoas que se escondem nos abrigos estão ficando sem comida", disse o parlamentar ao jornal Kyiv Independent.

O sul da Ucrânia tem sido um dos principais palcos da guerra, já que a Rússia tenta bloquear o acesso ao Mar Negro. A cidade de Kherson, de 300 mil habitantes, já foi conquistada pelas forças de ocupação, que agora seguem em direção a Odessa, terceiro município mais populoso do país, com 1 milhão de moradores.

"Pedimos que vocês não se desloquem para a costa de Odessa. É perigoso para a vida de vocês", afirma uma mensagem divulgada pela Marinha ucraniana.

Em Kherson, civis saíram às ruas neste sábado para protestar contra a invasão, mas foram dispersados por tiros de advertência das tropas da Rússia.

Até o momento, a guerra na Ucrânia já gerou mais de 1,2 milhão de refugiados, e o conflito será tema de uma nova reunião do Conselho de Segurança da ONU na próxima segunda-feira (7). 

Ansa - Brasil
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