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Ex-assessor de Trump e aliado da família Bolsonaro, Steve Bannon é indiciado nos EUA

Estrategista da direita não prestou depoimento nem entregou documentos solicitados pelo Congresso americano, o que o tornou alvo de denúncia por desacato. Parlamentares investigam a ligação dele com a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro.

12 nov 2021 - 20h06
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Advogados de Steve Bannon defenderam sigilo das comunicações com o ex-presidente Trump
Advogados de Steve Bannon defenderam sigilo das comunicações com o ex-presidente Trump
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Antigo estrategista do ex-presidente dos EUA Donald Trump, Steve Bannon foi indiciado nesta sexta-feira (12/11) por desacato ao Congresso americano, após ter recusado a testemunhar e a entregar documentos sobre os ataques ao Capitólio em 6 de janeiro.

O caso ainda será julgado e, em caso de sentença, cada acusação de desacato — uma pelo não testemunho e outra pela não entrega de documentos — poderá levar a um período de 1 mês a 1 ano de prisão, além de multa de US$ 100 a US$ 1000 (de R$ 545 a R$ 5,4 mil, aproximadamente).

A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral Merrick Garland e acatada por uma corte federal.

Uma comissão que investiga os acontecimentos de 6 de janeiro havia convocado e cobrado informações de Bannon buscando apurar o envolvimento dele com a invasão ao Capitólio, sede do legislativo americano em Washington D.C.

Na ocasião, apoiadores de Trump invadiram o local na véspera da certificação da vitória do atual presidente, o democrata Joe Biden. Cinco pessoas morreram em decorrência dos conflitos e mais de 670 foram acusadas na Justiça por envolvimento na invasão.

O advogado de Bannon havia justificado o não cumprimento das solicitações do Congresso afirmando que o sigilo do conteúdo da comunicação com presidentes como Trump é protegido pelo "privilégio executivo".

Trump e Bannon na Casa Branca, em foto de 2017
Trump e Bannon na Casa Branca, em foto de 2017
Foto: AFP / BBC News Brasil

Bannon, 67 anos, foi assessor do então presidente Donald Trump, deixando a Casa Branca em 2017. Entretanto, os dois continuaram próximos mesmo depois da saída.

Ele também é próximo da família Bolsonaro, apoiando publicamente a campanha de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018, e já teve vários encontros com o filho do presidente brasileiro e deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Na véspera das eleições de 2018, Eduardo Bolsonaro postou uma foto com Bannon e escreveu: "Ele disse ser um entusiasta da campanha de Bolsonaro e estamos definitivamente em contato para juntar forças, especialmente contra o marxismo cultural".

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