Ex-padre belga condenado no Canadá a 19 anos por pedofilia
Religioso, que já havia sido condenado em outro processo pelo mesmo crime, admitiu ter abusado de oito crianças
Um ex-sacerdote belga, de 67 anos, foi condenado no Canadá a 19 anos de prisão por agressões sexuais contra pelo menos oito crianças da comunidade inuit, segundo a sentença, proferida nesta quarta-feira. Trata-se de Eric Dejaeger, que já tinha sido considerado culpado em outro julgamento, concluído em setembro passado.
Levando em conta o período em que já esteve preso, ele "ainda deve cumprir 11 anos de prisão", destacou a justiça canadense ao anunciar a sentença. Dejaeger admitiu sua culpa em oito das acusações, de um total de 80 casos denunciados.
O ex-missionário chegou ao Grande Norte canadense nos anos 1970. "A maior parte dos crimes foi cometida na aldeia de Igloolik", situada em uma ilha a mais de mil quilômetros de Iqaluit, capital do Território Inuit de Nunavut, destacou o Serviço de Procedimentos Penais do Canadá (SPPC).
Em 1990, em um processo anterior, Dejaeger foi condenado a cinco anos de prisão por violentar oito menores.
Uma vez liberado e após as denúncias de outras 20 vítimas, ele fugiu do país para a Bélgica, de onde foi expulso 15 anos depois por residência ilegal, pois tinha perdido a nacionalidade belga ao tomar a canadense.
A Interpol emitiu contra ele um pedido de captura internacional. O ex-padre foi detido em 20 de janeiro de 2011, após chegar à Bélgica, e "desde então está preso", segundo o SPPC.
Outro padre, o francês Joannis Rivoire, é procurado pela justiça canadense desde 1998, acusado de agressões sexuais contra três menores ameríndios, cometidas entre 1968 e 1970.