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Ex-premiê do Paquistão Imran Khan é condenado a 14 anos de prisão por corrupção

17 jan 2025 - 09h02
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Um tribunal paquistanês condenou o ex-primeiro-ministro Imran Khan a 14 anos de prisão na sexta-feira em um caso de corrupção de terras, um revés para as negociações nascentes entre seu partido e o governo com o objetivo de esfriar a instabilidade política no país do sul da Ásia.

O veredicto do caso foi dado por um tribunal anticorrupção em uma prisão na cidade de Rawalpindi, onde Khan está preso desde agosto de 2023.

A esposa de Khan, Bushra Bibi, também foi considerada culpada e condenada a sete anos de prisão. Ela estava em liberdade sob fiança, mas foi levada sob custódia depois que a sentença foi proferida, informou a Geo News.

"O acusado Imran Ahmad Khan Niazi é considerado culpado pelo cometimento do delito de corrupção e práticas corruptas", segundo ordem judicial detalhada compartilhada pelo partido de Khan, acrescentando que a esposa dele também foi considerada culpada de "ajudar, auxiliar e instigar" práticas corruptas.

Omar Ayub, um assessor de Khan, disse que o partido contestará o veredicto em tribunais superiores. Vários ministros do governo saudaram o veredicto, considerando-o baseado em evidências.

O ex-premiê, de 72 anos, havia sido acusado de que ele e a esposa receberam terras de uma incorporadora imobiliária durante seu mandato de 2018 a 2022 em troca de favores ilegais.

Khan e Bibi se declararam inocentes.

O veredicto é o maior revés para Khan e seu partido desde um desempenho surpreendentemente bom nas eleições gerais de 2024, quando os candidatos do PTI -- que foram forçados a concorrer como independentes -- conquistaram o maior número de cadeiras, mas não alcançaram a maioria necessária para formar um governo.

Preso desde agosto de 2023, Khan vem enfrentando dezenas de processos que vão desde acusações de corrupção e abuso de poder até incitação à violência contra o Estado, após ter sido destituído do cargo em votação de confiança parlamentar em abril de 2022.

Ele foi absolvido ou suas sentenças foram suspensas na maioria dos casos, com exceção desse e de outro sobre acusação de incitar seus partidários a invadir instalações militares para protestar contra sua prisão em 9 de maio de 2023.

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