Ex-presidente da Geórgia é condenado a mais 4 anos de prisão
Mikhail Saakashvili entrou ilegalmente no país em 2021
O ex-presidente da Geórgia Mikhail Saakashvili, que liderou a chamada "Revolução das Rosas" em 2003, foi condenado por um tribunal em Tbilisi a mais de quatro anos e meio de prisão por entrar ilegalmente no país ao retornar do exílio em 2021.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (17) pela agência russa Tass, a qual relatou que foram registrados protestos no tribunal quando a sentença foi lida e alguns de seus apoiadores foram retirados do local.
Saakashvili, presidente da Geórgia por dois mandatos - de 2004 a 2007 e de 2008 a 2013 -, teve sua cidadania georgiana retirada após deixar seu país em 2014 e adquirir a da Ucrânia, onde chegou a ser governador da região de Odessa.
No outono de 2021, porém, ele retornou ilegalmente à Geórgia e convocou seus apoiadores para uma marcha até Tbilisi. Na ocasião, ele foi detido e iniciou uma greve de fome, a qual fez sua condição física piorar rapidamente.
Desde 2022, Saakashvili está recluso em uma clínica na capital do país e cumpre penas por peculato e abuso de poder. Na semana passada, ele já havia sido condenado a nove anos de prisão por desvio de recursos estaduais.
As autoridades locais abriram várias investigações contra Saakashvili, que nega as irregularidades e chamou sua última sentença de "ilegal" e "injusta". Grupos de direitos humanos dizem que sua prisão tem motivação política.
Além disso, o ex-presidente georgiano, que se opõe ao partido governante Georgian Dream, o qual favorece laços mais próximos com a Rússia, denunciou ter sido vítima de atos de tortura.
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