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Ex-presidente francês Sarkozy usará tornozeleira eletrônica após perder recurso em condenação

Nicolas Sarkozy foi condenado por corrupção e tráfico de influência, além de perder direitos políticos por três anos

17 mai 2023 - 12h38
(atualizado às 13h21)
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Ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy (15 de dezembro de 2022)
Ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy (15 de dezembro de 2022)
Foto: REUTERS/Stephane Mahe/File Photo/File Photo

O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi condenado pela Justiça a três anos de prisão por corrupção e tráfico de influência em um caso de favorecimento a decisões judiciais revelado por meio de escutas telefônicas. A condenação foi feita nesta quarta-feira, 17.

A sentença é a mesma de outra condenação, de 2021, contra Sarkozy, que havia recorrido. Nesta manhã, um tribunal de Paris negou o recurso.

Sarkozy, de 68 anos, foi presidente da França entre 2007 e 2012, tornando-se o primeiro ex-presidente da Quinta República francesa condenado à prisão.

O político também perdeu os direitos políticos por três anos. Ele compareceu ao tribunal para ouvir a acusação e saiu em silêncio. Segundo o advogado, o ex-presidente continuará tentando provar sua inocência.

A acusação

O caso teve início em 2014, quando o ex-presidente Nicolas Sarkozy teve seus telefones grampeados por escutas da Justiça para outra investigação, sobre suposto financiamento líbio para sua campanha eleitoral em 2007.

A investigação apontou para a existência de uma terceira linha telefônica, utilizada sob o pseudônimo de Paul Bismuth, que o ex-presidente usava sem medo de ser grampeado para conversar com o advogado e amigo Thierry Herzog.

A acusação alega que os dois organizaram um acordo de corrupção com Gilbert Azibert, procurador do Tribunal de Cassação, que teria oferecido sua ajuda em um caso em troca de um cargo de prestígio em Mônaco.

De acordo com a AFP, Sarkozy queria que o tribunal anulasse a apreensão de seus diários presidenciais, determinada no âmbito da investigação sobre o abuso cometido pela herdeira do grupo L'Oréal, Liliane Bettencourt.

Herzog e Azibert também foram condenados a três anos de prisão, um deles obrigatório, por terem estabelecido um "pacto de corrupção" com Sarkozy em 2014. Herzog não poderá atuar como advogado por três anos.

Sarkozy é alvo de outros processos. O Ministério Público pediu o julgamento do ex-presidente e de outras 12 pessoas por suspeitas de que sua vitoriosa campanha eleitoral em 2007 foi parcialmente financiada pelo então regime líbio de Muammar Khaddafi, segundo informou a AFP.

A partir de novembro, Sarkozy enfrentará novo julgamento pelo caso Bygmalion.

Fonte: Redação Terra
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