Ex-primeiro-ministro francês é condenado a 5 anos de prisão
François Fillon empregou a esposa em função fictícia
O ex-primeiro-ministro da França François Fillon foi condenado nesta segunda-feira (29) a cinco anos de prisão por apropriação indevida de recursos públicos.
A sentença foi emitida pelo Tribunal de Paris no processo conhecido como "Penelopegate", em referência à esposa de Fillon, Penelope, condenada a três anos de cadeia, mas com pena suspensa.
Candidato a presidente em 2017 pelo partido conservador Os Republicanos, Fillon, 66 anos, foi sentenciado por ter empregado a esposa em um cargo fictício de assessora parlamentar, tanto em seu gabinete de deputado como no de seu suplente, entre 1998 e 2013.
Penelope teria recebido cerca de 1 milhão euros durante seu período como funcionária da Assembleia Nacional. Os dois filhos do casal também trabalhavam na mesma função.
A contratação de parentes para cargos públicos não era ilegal na França na ocasião, mas a acusação é de que Penelope não exercia de fato as funções. Fillon terá de cumprir dois dos cinco anos de sentença na cadeia.
Além disso, o casal foi condenado a pagar multa de 375 mil euros e a reembolsar a Assembleia Nacional em 1 milhão de euros, mas, como a sentença é de primeiro grau, ainda cabe recurso, e Fillon e Penelope não descontarão a pena imediatamente.
Em 2017, ele quase foi para o segundo turno das eleições presidenciais, com 20,01% dos votos, contra 24,01% de Emmanuel Macron e 21,30% de Marine Le Pen.