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Excesso de público leva polícia a fechar acessos ao velório de Mandela

Milhares de pessoas ainda esperam para se despedir do ex-presidente sem saber se os porões serão reabertos

13 dez 2013 - 10h29
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Polícia tenta conter a multidão que se empurra para chegar ao local onde o corpo de Mandela é velado
Polícia tenta conter a multidão que se empurra para chegar ao local onde o corpo de Mandela é velado
Foto: AP

A multidão que está visitando a capela ardente de Nelson Mandela em Pretória obrigou nesta sexta-feira a polícia a suspender o transporte de visitantes à sede do governo sul-africano, onde repousa o corpo do ex-presidente.

A polícia de Pretória permitiu o acesso aos Union Buildings, como é conhecida a residência oficial do governo, de cerca de 10 mil pessoas entre as 8h e as 11h locais (4h às 7h de Brasília), informou hoje a porta-voz policial Caroline Naidoo, em entrevista à rede de TV pública SABC.

"Somos capazes de controlar a situação, mas neste momento os Union Buildings não podem receber mais gente", afirmou Caroline, perguntada sobre os protestos dos visitantes, sem esclarecer se mais tarde foram reabertos.

Pelo menos 7 mil pessoas ainda estão nos jardins do prédio à espera de entrar no pátio onde foi instalada a capela.

Depois das cercas do Tshwane Events Centre, um dos principais abrigos de doentes esperando serem levados de ônibus, podiam ser ouvidos gritos e protestos contra os policiais.

A chefe de comunicação do governo, Tasneem Carrim, afirmou que os agentes "farão o possível para que o povo consiga chegar aos Union Buildings no último dia da capela", e disse que "há muitas horas no dia".

Carrim estima que duas pessoas podem ver o corpo de Mandela a cada três segundos.

Sul-africanos aguardam em fila quilométrica para se despedir do ex-presidente
Sul-africanos aguardam em fila quilométrica para se despedir do ex-presidente
Foto: AP

Às 07h30 locais (3h30 de Brasília), cerca de 50 mil pessoas já haviam se reunido hoje nos pontos habilitados em várias regiões da cidade para o transporte até o interior do espaço onde acontece o velório, contou a chefe de comunicação.

"Todo o mundo - disse - espera ter a oportunidade de dizer adeus, mas nem sempre é possível".

A porta-voz do governo estimulou o público a participar de outros serviços em memória de Mandela ou a acompanhar o velório pela televisão.

Desde as 6h locais (2h de Brasília), a chegada de visitantes foi contínua e maior do que a dos dias anteriores, até formar filas quilométricas nas imediações da colina sobre a que se erigem os Union Buildings.

Alguns, vindos de pontos distantes de Pretória, chegaram a dormir nas ruas da capital só para ter a oportunidade de se despedir do herói nacional.

EFE   
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