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EXCLUSIVO-Aliados de Biden são instruídos a rotular pacote de estímulo de Trump de "favoritismo"

8 mai 2020 - 12h24
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Aliados do virtual candidato presidencial democrata Joe Biden estão sendo instruídos a intensificar os ataques aos esforços de estímulo econômico do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rotulando-os como um "favoritismo" velado, de acordo com um memorando que está sendo enviado a democratas eleitos e a apoiadores nesta sexta-feira.

Ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden 
10/03/2020
REUTERS/Brendan McDermid
Ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden 10/03/2020 REUTERS/Brendan McDermid
Foto: Reuters

O memorando, que foi visto pela Reuters, fornece aos representantes da campanha de Biden uma nova linguagem a ser utilizada em seus ataques a Trump e mostra uma campanha que adota um tom cada vez mais agressivo antes da eleição de 3 de novembro.

O documento estratégico diz que o estímulo pós-pandemia de Trump contém "o maior socorro financeiro corporativo da história americana", um tipo de "favoritismo" que é "manipulado sistematicamente em favor dos grandes negócios, dos ricos e do setor financeiro --e contra os trabalhadores e as famílias de classe média que estão arcando com as piores perdas econômicas que o país sofreu nos tempos modernos".

O porta-voz da campanha de Biden não quis comentar o memorando, que foi redigido por dois dos principais formuladores de propostas políticas da campanha, Stef Feldman e Jake Sullivan.

O porta-voz da campanha de Trump, Tim Murtaugh, caracterizou o argumento como "patético".

"O presidente tem trabalhado duro para proteger a segurança dos americanos e também salvaguardar a economia, enquanto Joe Biden fica sentado em seu porão lançando granadas de mão políticas em um apelo desesperado por relevância", disse Murtaugh.

Biden e Trump estão reformulando seus planos econômicos desde que a pandemia de coronavírus deixou mais de 33 milhões de cidadãos sem emprego e encerrou o maior período de prosperidade da história norte-americana

Cada um dos candidatos também está buscando uma mensagem convincente a respeito da economia para uma eleição que estrategistas políticos veem cada vez mais como uma campanha de um único assunto: como lidar com as consequências sanitárias e econômicas da pandemia.

O novo coronavírus já infectou mais de 1,25 milhão de norte-americanos e matou mais de 75 mil, o maior número de casos e mortes de todo o mundo.

Com a nova ofensiva, Biden tenta cortejar não somente os eleitores moderados e independentes, mas também os liberais de seu próprio partido, alguns dos quais simpatizavam com o discurso duro dos senadores e ex-pré-candidatos Bernie Sanders e Elizabeth Warren ao empresariado.

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