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EXCLUSIVO-Israel busca mudanças no plano de trégua em Gaza e complica negociações, dizem fontes

26 jul 2024 - 09h43
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Israel está buscando mudanças em um plano para uma trégua em Gaza e a libertação de reféns pelo Hamas, complicando um acordo final para interromper nove meses de combate que devastaram o enclave, de acordo com uma autoridade ocidental, uma palestina e duas fontes egípcias.

Israel diz que os palestinos deslocados devem ser examinados ao retornarem ao norte do enclave quando o cessar-fogo começar, recuando de um acordo para permitir que os civis que fugiram para o sul retornem livremente para casa, disseram as quatro fontes à Reuters.

Os negociadores israelenses "querem um mecanismo de verificação para as populações civis que retornam ao norte de Gaza, onde eles temem que essas populações possam apoiar" os combatentes do Hamas que permanecem entrincheirados lá, afirmou a autoridade ocidental.

O grupo militante palestino rejeitou a nova exigência israelense, de acordo com as fontes palestina e egípcias, mas uma autoridade israelense sênior disse que o Hamas ainda não tinha visto as últimas propostas, que devem ser divulgadas "nas próximas horas".

"As mensagens do Hamas são bizarras porque ainda não as enviamos, ninguém as leu ainda. Nem mesmo os negociadores a receberam ainda. Eles a lerão antes de transferi-la ao Hamas para que reaja", disse a autoridade, que falou sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.

Fontes egípcias disseram que havia outro ponto de atrito em relação à exigência de Israel de manter o controle da fronteira de Gaza com o Egito, que o Cairo descartou como fora de uma estrutura para um acordo final aceito pelos dois lados.

O gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, a Casa Branca e o Ministério das Relações Exteriores do Egito não responderam imediatamente a pedidos de comentários sobre as exigências de Israel.

"Netanyahu ainda está protelando. Não houve nenhuma mudança em sua posição até agora", disse Sami Abu Zuhri, representante sênior do Hamas, que não comentou diretamente sobre as exigências de Israel.

A notícia dos novos pontos de atrito veio no momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden, pressionou por um cessar-fogo em reunião em Washington na quinta-feira com Netanyahu, para chegar a um acordo final.

"Estamos mais próximos agora do que nunca", disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, acrescentando que ainda existem lacunas.

Em um discurso para o Congresso dos EUA na quarta-feira, Netanyahu disse que Israel estava engajado "em esforços intensos" para garantir a libertação dos reféns mantidos em Gaza.

As fontes que falaram com a Reuters solicitaram anonimato para discutir as exigências israelenses devido à delicadeza das conversações em andamento para finalizar uma trégua e a libertação dos reféns apreendidos no ataque a Israel liderado pelo Hamas em 7 de outubro, que desencadeou a guerra de Gaza.

Os agressores mataram 1.200 pessoas e levaram mais de 250 prisioneiros, de acordo com os registros israelenses. Cerca de 120 reféns ainda estão sendo mantidos, embora Israel acredite que um terço deles esteja morto.

Autoridades de saúde de Gaza dizem que mais de 39.000 palestinos foram mortos e a maioria dos 2,3 milhões de pessoas de Gaza foi deslocada pelos combates que destruíram grande parte do enclave e criaram um desastre humanitário.

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