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Extrema-direita francesa não deve alcançar maioria absoluta, mostra pesquisa

4 jul 2024 - 14h39
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O partido de extrema-direita Reunião Nacional da França deverá ficar aquém da maioria absoluta no segundo turno das eleições parlamentares de domingo, mostrou uma pesquisa nesta quinta-feira, sugerindo que os esforços dos partidos tradicionais para bloquear a extrema-direita podem estar funcionando.

Essa foi a segunda pesquisa em poucos dias que mostra que o RN de Marine Le Pen conquistaria mais assentos do que qualquer outro partido, mas não atingiria o mínimo de 289 cadeiras necessário para a maioria absoluta.

Isso sugere que uma "frente republicana" -- por meio da qual mais de 200 candidatos de todo o espectro político desistiram de segundos turnos que teriam três candidatos nos últimos dias, para abrir caminho para quem estivesse em melhor posição para derrotar a opção do RN em seu distrito -- parecia estar produzindo resultados.

Enquanto isso, o capitão da seleção nacional de futebol da França, Kylian Mbappe, exortou os eleitores a votarem depois do que ele chamou de um primeiro turno "catastrófico" em que o RN ficou em primeiro lugar no último domingo.

"Acho que, mais do que nunca, temos que ir votar, é realmente urgente. Não podemos deixar nosso país nas mãos dessas pessoas, é realmente urgente", disse ele, no que parecia ser uma clara referência ao RN.

A pesquisa do IFOP para o LCI e o Le Figaro mostrou o RN conquistando de 210 a 240 assentos, contra 240-270 antes das desistências.

A Nova Frente Popular, de esquerda, ficou em segundo lugar, com 170 a 200 assentos, à frente do grupo de centro Juntos, do presidente Emmanuel Macron, com 95 a 125 assentos. A previsão é de que os conservadores republicanos conquistem de 25 a 45 cadeiras.

Na quarta-feira, uma pesquisa da Harris Interactive previu de 190 a 220 cadeiras para o RN.

O RN disse que não comandará o governo se não obtiver a maioria absoluta necessária para ter a rédea solta.

Le Pen e o chefe do partido, Jordan Bardella, também criticaram repetidamente a "frente republicana", dizendo que ela demonstrava desdém por seus eleitores.

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