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Extrema direita protesta contra ciganos em Roma

Motivo foi a chegada de 60 nômades a um campo de acolhimento

3 abr 2019 - 10h41
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Grupos de extrema direita protestaram nesta terça-feira (2) contra a chegada de famílias ciganas em um campo de acolhimento em Torre Maura, bairro situado na periferia de Roma.

Protesto contra ciganos em Torre Maura, na periferia de Roma
Protesto contra ciganos em Torre Maura, na periferia de Roma
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Além dos insultos racistas, os manifestantes queimaram o carro de um agente humanitário, montaram barricadas para impedir a chegada dos nômades e destruíram os lanches que seriam distribuídos no centro de acolhimento.

O grupo de ciganos era formado por cerca de 60 pessoas, incluindo 33 crianças e 22 mulheres, três delas grávidas. Elas estavam hospedadas em um campo de acolhimento situado a três quilômetros de distância, e sua transferência foi determinada pela Prefeitura de Roma, já que o terreno será reocupado pelo proprietário.

A manifestação foi comandada por militantes dos grupos neofascistas CasaPound e Força Nova, que protestavam contra uma suposta "substituição étnica" na região. "Que morram de fome" e "os ciganos roubam" foram algumas das frases gritadas durante o ato.

Após o protesto, a Prefeitura anunciou que os nômades serão transferidos novamente para outros centros de acolhimento. Já o Ministério Público abriu um inquérito para apurar possíveis crimes de ódio racial durante a manifestação.

"Não podemos ceder ao ódio racial, não podemos ceder a quem continua a fomentar este clima e a apelar para o fígado das pessoas. E me refiro sobretudo a CasaPound e Força Nova", disse a prefeita Virginia Raggi.

Ansa - Brasil
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