Fã de Taylor Swift e religiosa: quem é a mineira presa nos EUA por abuso e exploração sexual infantil
Walquiria Cassini, de 38 anos, foi presa junto do filho e do namorado, suspeita de abusar de crianças e transmitir online
Walquiria Cassini, de 38 anos, foi presa nos Estados Unidos junto do filho e do namorado, por suspeita de abusar de crianças e transmitir online os crimes. Ela é natural de Minas Gerais, e fã de Taylor Swift.
Na última semana, a brasileira Walquiria Cassini, de 38 anos, foi presa por agentes do FBI por suspeita de abusar e explorar sexualmente de crianças na Flórida (EUA). Além dela, o namorado Ryan Londono, de 42, e o filho, Matthew Cassini, de 20, também foram capturados.
Conforme as redes sociais, Walquiria é natural de Governador Valadares, cidade de Minas Gerais, mas mora atualmente em Boca Raton, na Flórida. Ela é técnica de ultrassonografia, especializada em disfunção erétil.
De acordo com o site DailyMail, no momento de sua prisão, ela trabalhava para uma empresa de dispositivos médicos com sede em Massachusetts, a Boston Scientific. Ela ocupava o cargo desde agosto de 2022, mas um porta-voz da empresa afirmou que ela não é mais funcionária do local.
Na bio de seu Instagram, Walquiria usa a frase da música Blank Space, de Taylor Swift: "Darling, I'm a nightmare, dressed like a daydream", ou "Querida, sou um pesadelo, vestida como um devaneio", traduzida para o português.
Em seu Facebook, ela compartilha fotos de viagens, festas e momentos com amigos e familiares. Em março de 2015, a mineira publicou a imagem de sua tatuagem que fez no pulso: 'Proverbs - 4:23', acompanhada de uma cruz. O trecho bíblico diz: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida".
Acusações
Walquiria foi preso no último dia 5, junto do namorado e do filho. A investigação que durou cerca de quatro meses descobriu que ela, Matthew Cassini e Ryan Londono faziam transmissões online dos crimes, e recebiam por isso.
De acordo com a emissora WPBF, da ABC News, os abusos ocorreram durante anos. A brasileira e Londono teriam abusado de duas crianças menores de 10 anos, sendo que os crimes contra uma delas teriam começado quando a mais nova tinha 5 anos de idade.
O namorado da brasileira, que atua na área de TI, seria o responsável por postar os conteúdos criminosos em plataformas de streaming. Já o filho dela é acusado de agressão sexual.
A prisão foi feita por agentes do FBI que foram até a casa da mineira onde encontraram câmeras, tripés e outros itens que eram usados para registrar os abusos. Além disso, foram localizadas transações financeiras, ligadas ao empreendimento criminoso.
O advogado de Walquiria afirmou junto ao Tribunal que nenhum vídeo foi encontrado, mas o juiz observou que 33 vídeos foram apagados de uma plataforma online no dia seguinte ao início da investigação. "A natureza horrível destas alegações sustentou a determinação do tribunal", afirma o magistrado Donald Hafele.