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Mundo

Família de Gaza lamenta crianças mortas em ataque israelense durante campanha da ONU contra a pólio

16 out 2024 - 12h47
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Segurando seu ursinho de pelúcia, Asmaa al-Wasifi lamentava a morte de seu filho de 10 anos em um ataque israelense em Gaza antes que ele pudesse tomar sua segunda dose de vacina contra a pólio.

A ONU iniciou a segunda rodada de sua campanha contra a poliomielite nas áreas centrais do enclave nesta segunda-feira, embora muitos habitantes de Gaza tenham dito que o esforço foi inútil devido à campanha militar israelense em andamento para esmagar o Hamas.

"Havia chegado a hora da segunda vacina, mas a ocupação (israelense) não os deixou viver para continuar suas vidas e sua infância", disse Asmaa, chorando, enquanto examinava as roupas e os livros escolares de seu filho.

Yamen, juntamente com quatro de seus primos -- o mais velho deles com 10 anos -- foram mortos quando Israel atingiu a casa de sua família em 24 de setembro no campo de Nuseirat, na região central de Gaza.

As crianças haviam recebido suas primeiras vacinas contra a poliomielite três semanas antes, em uma campanha da ONU que provocou raras pausas diárias nos combates entre Israel e os militantes do Hamas em áreas pré-especificadas.

A campanha começou depois que um bebê ficou parcialmente paralisado pelo vírus da poliomielite tipo 2 em agosto, o primeiro caso desse tipo no território em 25 anos.

A avó de Yamen, Zakeya, que perdeu pelo menos 10 membros de sua família, pediu o fim da guerra que tem devastado o pequeno enclave de 2,3 milhões de pessoas há mais de um ano.

"Não queremos nenhuma bebida ou ajuda. Queremos que eles nos deem segurança e proteção -- que a guerra acabe", disse.

Até o momento, os esforços para garantir um cessar-fogo foram fracassados, com Israel e o Hamas não conseguindo chegar a um acordo sobre as principais exigências.

Seu filho Osama, de 35 anos, disse que o corpo de sua esposa ficou irreconhecível após o ataque que também matou seus quatro filhos.

As crianças tinham acabado de cortar o cabelo para se prepararem para a escola, acrescentou.

"Eles estavam felizes como borboletas... Dez minutos depois, aconteceu o ataque. Eu os encontrei todos em pedaços", disse.

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