FBI divulga documento sobre investigações do 11 de setembro
Arquivo trata sobre ligações entre sauditas e sequestradores
O FBI tirou o sigilo do primeiro de uma série de documentos relativos às investigações sobre os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas e o Pentágono, nos Estados Unidos.
O arquivo trata sobre as conexões entre cidadãos da Arábia Saudita, aliada dos EUA no Oriente Médio, com dois terroristas do 11/9, e sua publicação chega após anos de pressões dos parentes das vítimas, que alegam que oficiais de Riad sabiam dos planos para os ataques.
15 dos 19 terroristas que sequestraram quatro aviões em 11 de setembro de 2001 eram sauditas, mas o documento revelado pelo FBI não fornece nenhuma prova sobre eventuais ligações do governo do país árabe com os atentados.
Ainda assim, o arquivo mostra que dois sequestradores, Nawaf al-Hazmi e Khalid al-Mihdhar, que haviam entrado nos EUA como estudantes em 2000, receberam apoio logístico de Omar al-Bayoumi, um visitante frequente do consulado saudita em Los Angeles.
Uma fonte do FBI afirma que Bayoumi tinha "status muito elevado" na sede consular, embora sua condição oficial naquele momento fosse de estudante. "A ajuda de Bayoumi para Hazmi e Mihdhar incluiu traduções, viagens, hospedagens e financiamento", afirma o memorando da polícia federal americana.
Outro saudita ligado aos sequestradores era Fahad al-Thumairy, imã de uma mesquita em Los Angeles, mas tanto ele quanto Bayoumi foram embora dos EUA algumas semanas antes dos atentados.
Os ataques de 11 de setembro deixaram quase 3 mil mortos e motivaram a invasão americana do Afeganistão, então governado pelo Talibã, que era acusado de dar proteção à Al-Qaeda e a seu fundador, Osama bin Laden.