Filha de brasileiros morta já havia sofrido atentado e tinha estilhaços pelo corpo
Família confirmou morte da jovem Celeste Fishbein, de 18 anos, nesta terça-feira, 17
Antes de ser sequestrada e morta após o ataque do Hamas a Israel, Celeste Fishbein, de 18 anos, já havia sofrido um atentado por parte do grupo e carregava sequelas da violência. Segundo a família, o governo israelense confirmou que o corpo dela foi encontrado sem vida nesta terça-feira, 17.
A jovem era um dos 199 reféns do grupo islâmico Hamas confirmados pelas autoridades israelenses. Segundo informou a tia, Flora Rosenbaum, ao jornal O Globo, Celeste tinha no corpo estilhaços de um foguete que caiu no kibutz, comunidade rural, onde ela vivia com a família. Inclusive, foi por este motivo que ela não se alistou para servir ao Exército, obrigatório para os cidadãos israelenses.
Flora também é uma sobrevivente da violência do grupo. Ela foi uma das vítimas do atentado do Hamas à pizzaria Sbarro, no centro de Jerusalém, em 2001. Flora estava acompanhada do marido e da enteada, passando em frente ao local do ataque, quando um suicida do Hamas detonou uma bomba.
A explosão deixou cerca de 15 mortos. Entre eles, seu marido, Giora Balash, que tinha 69 anos, e mais de 100 feridos. Flora ficou internada no hospital Hadassah Ein Keren, em Jerusalém, por 17 dias, com queimaduras e estilhaços no corpo. Eles estavam em Israel para participar de um casamento.
Relembre o caso
A jovem Celeste, que é filha de brasileiros, e o namorado, Dor Haider, desapareceram após o grupo palestino invadir uma comunidade chamada Kibutz Be'eri, localizada no sul de Israel, no sábado, 7. Cerca de 100 pessoas morreram na ofensiva terrorista.
"Ela estava na casa dela com o namorado, no kibutz, onde ela também trabalha como cuidadora de crianças. O último contato com a mãe foi às 11h30 do dia do ataque. Uma semana depois, no sábado, o governo entrou em contato com a família para avisar que ela estava na lista de reféns", contou Flora Rosembaun. De acordo com ela, a jovem planejava tirar a dupla cidadania e passar um tempo no Brasil.