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Filha relata como foi receber notícia de que corpo de alpinista foi achado após 22 anos: 'Abriu todas as feridas'

Norte-americano desapareceu enquanto escalava uma montanha de mais de 6.700 metros de altitude no Peru e foi encontrado mumificado

10 jul 2024 - 12h48
(atualizado às 13h02)
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Alpinista americano William Stampfl
Alpinista americano William Stampfl
Foto: Reprodução/Facebook

A família do alpinista norte-americano William Stampfl compartilhou à CNN suas emoções ao saber que o corpo dele foi encontrado após 22 anos. Stampfl, conhecido como Bill, desapareceu enquanto escalava uma montanha de mais de 6.700 metros de altitude no Peru e foi encontrado mumificado, com suas roupas em bom estado, conforme informou a polícia local.

Bill foi dado como desaparecido em junho de 2002, quando uma avalanche de neve o sepultou no Monte Huascarán, de 6.757 metros, na região de Áncash, cerca de 400 km ao norte de Lima.

O seu corpo foi encontrado em 27 de junho por dois irmãos, Ryan Cooper e Wesley Waren, que estavam escalando a montanha. Cooper imediatamente contatou sua esposa, que ajudou a localizar os parentes do alpinista. Dois dias depois, ela conseguiu entrar em contato com Joseph, filho de Bill, e enviou fotos dos pertences do pai dele.

À CNN, Joseph descreveu que ficou "chocado" ao saber que o corpo do pai havia sido encontrado. Agora, ele está trabalhando para trazer o corpo de volta aos Estados Unidos, após a autópsia realizada no Peru.

Sua irmã, Jennifer, expressou sentimentos mistos: "Meu coração simplesmente afundou. Depois de 22 anos, eu estava bem com o fato de ele estar lá. Ele faz parte da montanha. Como se nunca fossemos recuperá-lo. O fato de o terem encontrado abriu todas as feridas."

Jennifer também compartilhou uma imagem do pai no que acredita ser o Monte Huascarán, descoberta em um rolo de filme entre os pertences dele no hotel. A esposa de Bill, Janet Stampfl, disse que pensava que o corpo do marido jamais seria encontrado. "Não há preparação para que o seu marido seja morto instantaneamente. Ele ser encontrado é uma resposta a tantas orações de tantas pessoas", relatou.

Stampfl, que escalava com outros dois alpinistas, Steve Erskine e Matthew Richardson, era o mais velho do grupo, com 58 anos. Na época do desaparecimenti, uma publicação do Los Angeles Times mencionava que Stampfl fez uma de suas primeiras escaladas no monte Baldy, que tem pouco mais de 1.200 metros de altitude. Mesmo após sentir muita dor na primeira vez que subiu o Baldy, ele e Erskine brincavam sobre escalar o Everest.

Ao longo dos anos, Stampfl e seus amigos enfrentaram diversos dos pontos mais altos do mundo, incluindo o Denali, no Alasca, e o Kilimanjaro. Nascido na Áustria e engenheiro civil de formação, ele dividia seu tempo entre as escaladas e o trabalho autônomo. Na subida que se tornaria fatal, Stampfl carregava mais de 27 kg, uma escalada que levaria sete dias para ser concluída. Ele também carregava uma pequena bolsa com tartarugas de origami, um presente de sua esposa Janet, como uma brincadeira entre o casal. 

A descoberta do corpo de Stampfl foi possível devido ao derretimento das geleiras na região, causado pelas mudanças climáticas. O alpinista estava vestido com suas roupas de escalada, arnês e botas, todos bem conservados.

A polícia conseguiu identificá-lo pelo passaporte encontrado em suas roupas. As condições extremas de frio do Huascarán, que podem chegar a -19°C durante a noite, permitiram a preservação do corpo desde 2002. Segundo o relatório da polícia, o corpo foi encontrado a uma altitude de 5.200 metros, próximo ao acampamento base um do Huascarán, uma área conhecida por suas fendas perigosas. O corpo foi levado para o necrotério da cidade de Yungay.

Fonte: Redação Terra
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