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Filho de fundador do Hamas participa de palestra em São Paulo

Mosab Hasan Yousef foi informante da agência de segurança de Israel, e rompeu com o grupo extremista e família

25 nov 2023 - 09h47
(atualizado às 09h54)
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Mosab Hasan Yousef participará de evento em São Paulo
Mosab Hasan Yousef participará de evento em São Paulo
Foto: Reprodução/Redes sociais

Mosab Hasan Yousef, de 45 anos, filho do xeique Hassan Yousef, realiza uma palestra no Clube Hebraica na noite deste sábado, 25, em São Paulo. O pai dele é um dos sete fundadores do Hamas, grupo extremista palestino que controla os limites da Faixa de Gaza. O evento é organizado pela instituição sem fins lucrativos StandwithUs Brasil.

Mosab atuou como combatente do grupo extremista, e após algum tempo, rompeu com a família e com o movimento. Entre 1997 e 2007, foi informante do serviço secreto de Israel, e em 2010, se converteu ao cristianismo. Nessa época, ele pediu asilo político aos Estados Unidos, onde vive atualmente.

Recentemente, ele lançou o livro Filho do Hamas, como ficou conhecido. Na última segunda-feira, 20, ele discursou na Organização das Nações Unidas (ONU), onde responsabilizou o Hamas pela morte de crianças, e afirmou que o grupo paramilitar utilizava os palestinos como escudos humanos.

Sua história

Nascido em Ramallah, na Cisjordânia, ele é o filho mais velho de Hassan Yousef. Ele conta que teve o primeiro contato com o Shin Bet, agência de segurança de Israel, em 1996, quando foi preso. Ele foi libertado no ano seguinte como informante israelense. Nessa época, ele ganhou o apelido de ‘príncipe verde’, e era a fonte mais confiável da agência no alto escalão do Hamas. 

A revelação foi um golpe para o Hamas, que, em 2010, teve um de seus comandantes assassinados em Dubai. Após o caso, o grupo extremista afirmou que desconfiava de Musab há alguns anos, e que ele era observado para que não coletasse informações valiosas. 

Com o escândalo, seu pai alegou em um comunicado que o filho havia sido “chantageado” pelos agentes israelenses quando foi preso. No entanto, fontes do serviço secreto de Israel afirmaram que Musab ajudou as forças do país porque “queria salvar vidas”, e não em troca de dinheiro. 

Mosab recebeu várias ameaças de morte ao romper com o Hamas. Ele diz que quer ser um “modelo para  os jovens palestinos”, e que está seguro de que “salvou muitas vidas”. 

Fonte: Redação Terra
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