Filipinas aumentam segurança marítima à medida que tensão na China aumenta
O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., ordenou que seu governo fortaleça a segurança marítima do país para enfrentar "uma série de desafios" à integridade territorial e à paz, à medida que a tensão com a China aumenta.
O decreto, assinado na segunda-feira e tornado pública neste domingo, não menciona a China, mas acontece após uma série de confrontos marítimos bilaterais e acusações mútuas sobre uma área em disputa do Mar do Sul da China.
O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu a um pedido de comentário da Reuters neste domingo.
Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China, um canal por onde passam mais de 3 bilhões de dólares em comércio anualmente. As reivindicações da China sobrepõem-se às de Filipinas, Vietnã, Indonésia, Malásia e Brunei. O Tribunal Permanente de Arbitragem disse em 2016 que as reivindicações da China não tinham base legal.
O último problema ocorreu no fim de semana passado, quando a China usou canhões de água para interromper uma missão de reabastecimento das Filipinas para soldados que guardavam um navio de guerra intencionalmente encalhado num recife há 25 anos.
"Apesar dos esforços para promover a estabilidade e a segurança no nosso domínio marítimo, as Filipinas continuam enfrentando uma série de desafios que ameaçam a integridade territorial, mas também uma existência pacífica para os filipinos", disse Marcos no comunicado.
O presidente prometeu na quinta-feira implementar respostas e medidas contra "ataques ilegais, coercitivos, agressivos e perigosos" realizados pela guarda costeira da China.