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Forças israelenses permanecerão no sul do Líbano além do prazo de retirada

24 jan 2025 - 10h23
(atualizado às 12h21)
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O Exército israelense não concluirá sua retirada do sul do Líbano até o prazo final de domingo, informou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na sexta-feira, dizendo que o Líbano ainda não aplicou totalmente o acordo de cessar-fogo.

O acordo, mediado por Estados Unidos e França, encerrou mais de um ano de hostilidades entre Israel e o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã. Os combates atingiram o ápice com uma grande ofensiva israelense que deslocou mais de 1,2 milhão de pessoas no Líbano e deixou o Hezbollah seriamente enfraquecido.

Sob o acordo, que entrou em vigor em 27 de novembro, as armas e os combatentes do Hezbollah devem ser retirados das áreas ao sul do rio Litani e as tropas israelenses devem se retirar à medida que os militares libaneses se deslocam para a região, tudo dentro de um prazo de 60 dias que deveria ser concluído no domingo às 4h.

O gabinete de Netanyahu disse em um comunicado que o processo de retirada das Forças Armadas israelenses "depende da mobilização do Exército libanês no sul do Líbano e da aplicação total e efetiva do acordo, enquanto o Hezbollah se retira para além do Litani".

"Como o acordo de cessar-fogo ainda não foi totalmente cumprido pelo Estado libanês, o processo de retirada gradual continuará, em total coordenação com os Estados Unidos", disse o comunicado.

Não houve comentário imediato do Líbano.

Um representante do Hezbollah, solicitado a comentar, encaminhou a Reuters para uma declaração emitida pelo grupo na quinta-feira, segundo a qual qualquer atraso na retirada seria uma violação inaceitável do acordo e que o Estado teria que lidar com tal violação "por todos os meios e métodos garantidos por cartas internacionais".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Israel afirma que sua campanha contra o Hezbollah tinha como objetivo garantir o retorno para casa de dezenas de milhares de pessoas forçadas a deixar suas casas no norte de Israel devido aos disparos de foguetes do Hezbollah.

A ofensiva infligiu grandes golpes ao Hezbollah durante o conflito, matando seu líder Hassan Nasrallah e milhares de combatentes do grupo e destruindo grande parte de seu arsenal.

O Hezbollah foi ainda mais enfraquecido em dezembro, quando seu aliado sírio, Bashar al-Assad, foi derrubado do poder por rebeldes, cortando sua rota de suprimento terrestre do Irã.

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