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França pede para Itália receber navio com mais de 100 migrantes

Alan Kurdi está em águas internacionais desde o fim de semana

23 set 2020 - 15h49
(atualizado às 17h28)
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A França fez um apelo nesta quarta-feira (23) para a Itália deixar o navio humanitário Alan Kurdi, da ONG alemã Sea Eye, com mais de 130 migrantes a bordo, atracar no porto italiano, informou o Ministério do Interior francês.

Alan Kurdi navega em águas internacionais desde o fim de semana
Alan Kurdi navega em águas internacionais desde o fim de semana
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Atualmente, a embarcação está a caminho de Marselha, mas o porta-voz do governo de Emmanuel Macron, Gabriel Attal, insistiu que ela precisa ser acolhida "no porto seguro mais próximo".

"Nos últimos dois anos sempre garantimos a solidariedade com a Itália. Estamos ao seu lado com um mecanismo de solidariedade para a gestão dos desembarques, portanto, pedimos que [Roma] responda favoravelmente ao pedido feito pela ONG para atracar", ressaltou.

Hoje cedo, o Alan Kurdi já havia anunciado que estava se dirigindo para a cidade portuário do sul da França após suas tentativas de desembarcar na Itália falharem. "A inação das autoridades italianas e alemãs nos obrigaram a tomar essa medida", afirmou Gorden Isler, dirigente da Sea-Eye, em um comunicado.

A necessidade de desembarque do navio na Itália e não na França também foi defendida pelo secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Clément Beaune. Entrevistado pela rádio RTL, o político lembrou que o acolhimento é um "princípio humanitário", pela costa italiana ser mais próxima.

"Mas estamos prontos para fazer a nossa parte acolhendo, portanto, um certo número de pessoas resgatadas", acrescentou Beaune.

O "Alan Kurdi" resgatou 133 migrantes no último sábado (19) em três operações no Mediterrâneo e desde domingo(20) está em águas internacionais. O navio está próximo das águas da ilha de Lampedusa, no sul da Itália.

Ontem (22), oito migrantes foram retirados da embarcação, sendo duas mulheres, um homem, quatro crianças e um bebê. O restante, porém, aguarda uma autorização para desembarque.

Ansa - Brasil
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