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França suspende financiamento de agência da ONU em Gaza

Israel acusa equipes da UNRWA de estarem envolvidos nos ataques do Hamas que aconteceram no dia 7 de outubro

28 jan 2024 - 15h59
(atualizado às 17h17)
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O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês anunciou neste domingo (28) que, ao longo desse primeiro semestre, não planeja efetuar mais pagamentos à UNRWA, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina. A França tomou essa decisão em meio às acusações de Israel sobre o envolvimento de alguns funcionários da UNRWA nos ataques de 7 de outubro. Vale ressaltar que, em 2023, a França cooperou com quase 60 milhões de euros (aproximadamente R$ 320 milhões) para a agência da ONU. 

Philippe Lazzarini, comissário
Philippe Lazzarini, comissário
Foto: geral da UNRWA - Reprodução/Youtube / Perfil Brasil

Além disso, em sua declaração, Ministério francês afirmou que decidirá os próximos passos no momento apropriado para assegurar a garantia de transparência e segurança no auxílio. Em resumo, doze funcionários da UNRWA foram acusados de participação nos ataques do Hamas. Assim, vários países, incluindo Estados Unidos, Austrália, Canadá, Itália, Reino Unido, Finlândia, Países Baixos e Alemanha, também anunciaram a suspensão temporária do financiamento. Em contrapartida, tanto a Irlanda quanto a Noruega confirmaram sua intenção de continuar financiando a agência da ONU.

As alegações sobre a agência da ONU e sua importância

Foi na sexta-feira (26) que a UNRWA anunciou a abertura de uma investigação sobre funcionários suspeitos de participação nos ataques de 7 de outubro. A agência também informou que cortou os vínculos com esses funcionários. "Para proteger a capacidade da agência de prestar assistência humanitária, tomei a decisão de rescindir imediatamente os contratos desses funcionários e iniciar uma investigação para estabelecer a verdade sem demora", declarou o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini.

Criada em 1949 depois a primeira guerra árabe-israelense, a agência da ONU oferece diversos serviços. Entre eles, estão educação, cuidados primários de saúde e assistência humanitária para os palestinos em Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Síria e Líbano. Nesse sentido, a agência tem desempenhado um papel importante. Ela tem fornecido suas instalações para abrigar pessoas que fugiram dos bombardeios e da ofensiva israelense na região.

Diante desse cenário, a OLP (Organização para Libertação da Palestina) fez um pedido para as nações que suspenderam o financiamento à agência. "Apelamos aos países que anunciaram a cessação de seu apoio à UNRWA para que retirem imediatamente sua decisão", declarou Hussein Al-Sheikh, secretário-geral da OLP. Ainda, no sábado (27), António Guterres, secretário-geral da ONU, pediu aos governos que suspenderam as contribuições para que garantissem, pelo menos, a continuidade das operações da UNRWA.

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

Perfil Brasil
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