França tenta restaurar ordem e manda mais policiais para Nova Caledônia
O governo francês enviou nesta quinta-feira mais policiais para ilha de Nova Caledônia, no Oceano Pacífico, e afirmou que vai controlar os manifestantes, na esperança de restaurar a ordem na região após três noites de revoltas que deixaram quatro mortos. Os manifestantes protestam contra uma reforma eleitoral. Eles queimaram lojas, incendiaram carros, saquearam comércios e fizeram barricadas em estradas, causando problemas no acesso a remédios e alimentos na ilha do Pacífico governada pela França, disseram autoridades. "Tudo está queimando. As pessoas literalmente não têm limites", afirmou a estudante local Olivia Iloa. A França declarou estado de emergência na ilha, impôs prisão domiciliar a pelo menos dez pessoas e proibiu o TikTok na região. O número de policiais e militares na Nova Caledônia passará de 1.700 para 2.700 na noite de sexta-feira, com a assistência de um pequeno número de soldados. "A situação na Nova Caledônia permanece muito tensa, com saques, confrontos, incêndios, ataques que são inaceitáveis", afirmou o primeiro-ministro da França, Gabriel Attal. A revolta ocorreu depois da adoção de um novo projeto de lei em Paris na terça-feira, que permitirá que residentes franceses que vivem na Nova Caledônia há dez anos votem nas eleições provinciais. Alguns líderes locais temem que a medida dilua a força dos votos dos indígenas Kanak.