Funcionário do Departamento de Justiça dos EUA encarregado de casos de corrupção pede demissão
Corey Amundson, funcionário sênior de carreira do Departamento de Justiça dos Estados Unidos encarregado de supervisionar casos de corrupção pública e outras investigações politicamente sensíveis, pediu demissão nesta segunda-feira após o governo Trump tentar transferi-lo para uma nova função, na área de imigração, de acordo com uma carta vista pela Reuters.
"Sinto-me honrado e abençoado por ter servido ao nosso país e a este departamento nos últimos 23 anos", escreveu Amundson em carta ao procurador-geral interino, James McHenry.
"Passei toda a minha vida profissional comprometido com a aplicação apolítica da lei criminal federal e em garantir que as pessoas ao meu redor entendessem e adotassem esse princípio central de nosso trabalho", disse Amundson.
Amundson é um dos cerca de 20 funcionários de carreira dentro do Departamento de Justiça transferidos na semana passada para um novo Grupo de Trabalho da Cidade Santuário dentro do gabinete do Procurador-Geral Associado.
Pelo menos dois desses funcionários, Amundson e George Toscas, da Divisão de Segurança Nacional, tiveram algum envolvimento nas duas investigações criminais contra o presidente Donald Trump sobre a retenção de documentos confidenciais e suas tentativas de subverter a eleição presidencial de 2020.
Entre os outros transferidos, há funcionários experientes que trabalham nas divisões Criminal, de Direitos Civis, Segurança Nacional e Meio Ambiente e Recursos Naturais, além do Gabinete Executivo de Revisão de Imigração.
Funcionários atuais e antigos disseram à Reuters que as transferências de servidores de carreira sênior são altamente incomuns. Geralmente, eles permanecem em seus cargos, independentemente do partido que controla a Casa Branca,
Amundson foi nomeado chefe da Seção de Integridade Pública da Divisão Criminal durante o primeiro mandato de Trump, quando o procurador-geral William Barr estava à frente do departamento.
![Reuters](https://p2.trrsf.com/image/fget/sc/80/30/images.terra.com/2016/04/04/reuters-brasil-novo2.jpg)