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Funcionários da Voice of America são afastados após Trump ordenar cortes

15 mar 2025 - 15h07
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Vários funcionários da Voice of America foram colocados em licença remunerada neste sábado, um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, assinar um decreto reduzindo drasticamente a estrutura do veículo de comunicação financiado pelo governo e outras seis agências federais.

Funcionários da Voice of America, uma emissora de mídia internacional que opera em mais de 40 idiomas, compartilharam com a Reuters um e-mail que os colocou em licença administrativa com salário integral e benefícios "até notificação em contrário".

Os e-mails, enviados por um executivo de recursos humanos da US Agency for Global Media (USAGM) -- agência controladora da Voice of America -- instruíam os funcionários a não entrarem em suas instalações de trabalho nem acessarem sistemas internos.

Não ficou claro no primeiro momento quantos funcionários foram colocados em licença. A USAGM, que também financia a Radio Free Europe/Radio Liberty e a Radio Free Asia, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A medida ocorre após Trump assinar um decreto na sexta-feira instruindo a USAGM e outras seis agências pouco conhecidas a reduzir suas operações ao mínimo exigido por lei, dizendo que isso era necessário para diminuir a burocracia.

Trump, que entrou em choque com a Voice of America durante seu primeiro mandato, escolheu a ex-âncora de notícias Kari Lake para ser diretora do veículo em seu segundo mandato. Aliada fiel do presidente, Lake frequentemente acusa a grande mídia de preconceito anti-Trump.

Em uma mensagem na plataforma de mídia social X neste sábado, Lake disse que a ordem de Trump impactou a USAGM "e seus veículos VOA e OCB", referindo-se à Voice of America e ao Office of Cuba Broadcasting. Ela disse aos funcionários da agência para verificarem seus e-mails imediatamente.

Além do USAGM, a ordem de Trump teve como alvos o Serviço Federal de Mediação e Conciliação, o Centro Internacional Woodrow Wilson para Acadêmicos, o Instituto de Serviços de Museus e Bibliotecas, o Conselho Interinstitucional dos EUA sobre Desabrigados, o Fundo de Instituições Financeiras de Desenvolvimento Comunitário e a Agência de Desenvolvimento de Negócios Minoritários.

A ordem dizia que essas agências deveriam eliminar todas as operações não codificadas em estatuto, bem como "reduzir o desempenho de suas funções estatutárias e pessoal associado à presença e função mínimas exigidas por lei".

A ordem é o mais recente passo de Trump para refazer a burocracia federal, uma tarefa que ele colocou em grande parte nas mãos do bilionário da tecnologia Elon Musk e seu Departamento de Eficiência Governamental.

Até agora, o esforço do departamento produziu cortes potenciais de mais de 100.000 empregos na força de trabalho civil federal, que tem um total de 2,3 milhões de membros, além do congelamento de ajuda externa e do cancelamento de milhares de programas e contratos.

Musk postou no X em fevereiro que a VOA deveria ser fechada.

Alguns republicanos acusaram a Voice of America e outros veículos de mídia financiados publicamente de serem tendenciosos contra os conservadores. No mês passado, em uma publicação em sua plataforma de mídia social X, Musk pediu que a Voice of America e a Radio Free Europe/Radio Liberty fossem fechadas.

Em um discurso na Conferência de Ação Política Conservadora, Lake disse que, embora entendesse os apelos para desmantelar completamente a Voice of America, ela acreditava que o veículo poderia ser melhorado.

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