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Funeral de Floyd marca 10º dia de atos contra racismo nos EUA

Homenagens serão feitas até a próxima terça-feira (9)

4 jun 2020 - 18h38
(atualizado às 19h56)
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O primeiro funeral em homenagem a George Floyd, homem negro morto por um policial branco, teve início nesta quinta-feira (4), em Minneapolis, e marca o décimo dia de protestos contra o racismo nos Estados Unidos e no mundo.

Protesto em Nova York contra o racismo
Protesto em Nova York contra o racismo
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A cerimônia, que vai durar por seis dias, reúne autoridades norte-americanas, famosos, familiares e amigos do ex-segurança que foi asfixiado por Derek Chauvin durante uma operação policial por supostamente tentar pagar uma conta com nota falsa de US$ 20, no último dia 25 de maio.

O ato provocou uma série de manifestações em todo o mundo contra o racismo. Em discurso emocionado na Universidade Cristã do Norte Central, Ben Crump, advogado da família de Floyd, fez um apelo para que todos protestem contra o mal.

"Não coopere com o mal. Proteste contra o mal! Junte-se aos jovens nas ruas protestando contra o mal, o desumano, a tortura que eles testemunharam naquele vídeo", disse.

Já o irmão da vítima, Philonise, ressaltou que, mesmo em meio à tragédia, Floyd tocou o coração de milhares de pessoas. "Todas essas pessoas vieram ver meu irmão e isso é incrível para mim, porque ele tocou o coração de tantas pessoas porque ele tocou nossos corações", ressaltou.

O reverendo Al Sharpton, uma figura do movimento de defesa dos direitos civis, por sua vez, também participa da cerimônia. "Vi muitos americanos de diferentes raças e idades marcharem juntos e elevarem suas vozes juntos, estamos em um ponto de virada", contou.

O religioso ainda parafraseou o slogan "Make America Great Again", do presidente Donald Trump, dizendo que o país nunca foi grande para os negros. "Grande para quem? Nós vamos fazer a América grande para todos pela primeira vez. Nunca foi grande para negros, nunca foi grande para latinos".

Músicos e cantores apresentam canções religiosas. No fundo da sala, é possível ver um grande retrato da vítima. Apenas 500 pessoas são admitidas no interior do local, devido às restrições da pandemia do novo coronavírus.

Segundo a imprensa norte-americana, o corpo de Floyd será levado ainda para outras duas cidades: Raeford, na Carolina do Norte, cidade natal da vítima; e Houston, onde ele foi criado. A última despedida será realizada na próxima terça-feira (9).

Além da homenagem, os Estados Unidos entram no 10º dia de protestos contra o racismo, de uma forma mais pacífica do que nos últimos dias.

Ansa - Brasil
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