Itália aderiu à Aliança contra Fome com 'convicção', diz Meloni no G20
Premiê criticou a utilização do trigo como instrumento de guerra
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta segunda-feira (18) que seu país se juntou à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, principal bandeira brasileira à frente do G20, com grande "convicção".
Durante a primeira sessão da cúpula no Rio de Janeiro, a chefe de governo destacou que a segurança alimentar foi um dos "desafios prioritários" para a presidência italiana do G7, que lançou uma iniciativa que vai operar "em sinergia" com a aliança anunciada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
"A cooperação entre G7 e G20 pode ser decisiva para encontrar soluções concretas e eficazes para a complexidade dos desafios do nosso tempo", afirmou a premiê, acrescentando que eles estão cada vez mais "interconectados".
Meloni avaliou que erradicar a pobreza e a fome no mundo é um dos "desafios mais ambiciosos e complexos", além disso, declarou que a "agressão russa contra um Estado soberano" levou à utilização do trigo como instrumento de guerra, o que "atingiu principalmente as nações mais fracas".
"Para alcançarmos a segurança alimentar devemos antes de tudo defender o direito de cada povo e de cada nação de escolher o modelo de produção e o sistema alimentar que considerem mais adequados às suas características. Uma relação mais forte entre território, pessoas e trabalho permite também obter alimentos de maior qualidade e cadeias produtivas sustentáveis", disse a premiê.
A líder italiana ainda analisou que Roma é uma "observadora privilegiada e protagonista na jornada comum para construir sistemas alimentares sustentáveis, justos e resilientes".
Por fim, Meloni avaliou que não há "soluções pré-estabelecidas e iguais para todos", mas seria necessário "construir novos modelos baseados nos pontos fortes e nas boas práticas dos diferentes sistemas alimentares". .