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Ghani diz que fugiu do Afeganistão para evitar execução

Presidente afegão cogitou que poderá retornar ao país

18 ago 2021 - 16h31
(atualizado às 17h19)
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O ex-presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, que está exilado nos Emirados Árabes Unidos, declarou nesta quarta-feira (18) que se não tivesse deixado o país "seria executado", com base em um plano secreto, e cogitou um possível retorno à nação.

Ashraf Ghani está nos Emirados Árabes Unidos
Ashraf Ghani está nos Emirados Árabes Unidos
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A declaração foi dada durante uma transmissão ao vivo em sua conta oficial no Facebook feita para falar sobre os "eventos recentes".

No vídeo, Ghani conta que no último domingo, data em que o grupo fundamentalista islâmico assumiu o controle do Afeganistão, enquanto ele estava a caminho do Ministério da Defesa para verificar os planos de segurança de Cabul, sua equipe de proteção pessoal "estava impedindo um grande complô".

"Se eu não tivesse deixado o país, mais uma vez o presidente afegão teria sido executado diante dos olhos do povo", disse ele, explicando que, "embora o Talibã tenha prometido não entrar em Cabul, eles se aproximaram do palácio presidencial".

"Eu não tinha medo da morte, mas fui forçado a partir para evitar derramamento de sangue na cidade e proteger Cabul da destruição", acrescentou.

Confirmando sua presença nos Emirados Árabes Unidos, o presidente afegão disse que os acontecimentos se desenrolaram rapidamente e que ele "queria negociar um governo inclusivo com o Talibã, mas não pôde".

Ghani expressou apoio às negociações do ex-presidente Hamid Karzai com os rebeldes, afirmou estar orgulhoso das forças afegãs e cogitou a intenção de retornar ao Afeganistão.

"Estou atualmente nos Emirados Árabes Unidos para evitar desastres. Estou consultando outras pessoas até que (possa) retornar para poder continuar meus esforços por justiça para os afegãos", disse ele, segundo tradução da Al Jazeera, citada pelo The Guardian.

"No passado, muitos governantes afegãos deixaram o Afeganistão em momentos de necessidade e depois retornaram", acrescentou.

Em sua primeira aparição desde a fuga, Ghani também negou relatos de que havia levado grandes quantias de dinheiro consigo ao deixar o palácio presidencial. Ele contou que deixou o país porque foi forçado por seus serviços de segurança, deixando para trás seus principais bens e documentos confidenciais.

De acordo com o líder afegão, aqueles que o acusam de fugir com "malas de dinheiro" estão mentindo e tudo isso faz parte de um plano para "difamá-lo".

A embaixada da Rússia em Cabul disse que Ghani fugiu do território com quatro carros e um helicóptero cheio de dinheiro, mas uma parte do valor ficou no asfalto, pois não caberia tudo na aeronave, segundo a agência estatal russa RIA.

Ansa - Brasil
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