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González diz que se exilou na Espanha pensando na Venezuela

Opositor pediu 'diálogo' e foi embora para que 'as coisas mudem'

9 set 2024 - 14h59
(atualizado às 15h11)
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Em uma carta publicada nas redes sociais, Edmundo González Urrutia, ex-candidato de oposição a presidente da Venezuela, afirmou que se exilou na Espanha para que as "coisas mudem" em Caracas.

    Na mensagem, assinada diretamente de Madri, o opositor destacou que foi acolhido e protegido pelas embaixadas da Espanha e da Holanda em Caracas após a conclusão das eleições de 28 de julho.

    "Tomei esta decisão pensando na Venezuela e no fato de que o nosso destino como país não pode ser o de um conflito de dor e sofrimento. Fiz isso pensando na minha e em todas as famílias venezuelanas nestes momentos de tanta tensão e angústia. Fiz isso para que as coisas mudem e possamos construir uma nova etapa para a Venezuela", escreveu o diplomata de 75 anos.

    O rival do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou que sempre defendeu "os valores democráticos da paz e da liberdade" e que seu compromisso "não se baseia na ambição pessoal".

    González Urrutia ainda fez um chamado ao "diálogo", pois só assim "poderá fazer com que nos reencontremos como compatriotas" "Só a democracia e a concretização da vontade do povo podem ser o caminho para o nosso futuro como país", afirmou.

    O ex-candidato tinha um mandado de prisão pendente na Venezuela por vários crimes, incluindo "incitamento à desobediência" e "conspiração", ligados aos protestos ocorridos após as eleições presidenciais. Ele foi chamado a depor três vezes, mas não compareceu.

    A vitória de Maduro no pleito de 28 de julho, proclamada pela Justiça e pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), é contestada pela oposição e por boa parte da comunidade internacional.

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Ansa - Brasil
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