González, opositor venezuelano, inicia giro pela América Latina
Javier Milei, presidente da Argentina, irá recebê-lo no sábado
Edmundo González Urrutia, considerado "presidente eleito" na Venezuela pela oposição e por alguns países, anunciou um tour pela América Latina que terá início neste sábado (4) em Buenos Aires, capital da Argentina. A viagem antecede a posse de Nicolás Maduro como chefe de Estado reeleito, marcada para 10 de janeiro, data que o rival do chavismo afirmou que será ele a ser empossado.
"Começa nosso giro pela América Latina. Primeira parada: Argentina", escreveu o opositor em suas redes sociais.
Em Buenos Aires, González será recebido pelo presidente Javier Milei na Casa Rosada. Apesar de não ter especificado quais países irá visitar, a oposição venezuelana recebeu apoio também dos governos do Chile, Uruguai, Peru e Costa Rica.
Exilado na Espanha desde 8 de setembro, após ser perseguido pelo chavismo, González mantém o ativismo político internacional para reivindicar a alegada vitória da oposição nas eleições de 18 de julho, quando o Conselho Nacional Eleitoral, no poder, proclamou Maduro como vencedor sem apresentar provas.
O ex-diplomata de 75 anos prometeu que retornará à Venezuela para tomar posse em 10 de janeiro no lugar de Maduro. No entanto, as Forças Armadas do país, controladas pelo chavismo, disseram que o prenderão caso retorne ao país.
Na última quinta-feira (2) um cartaz emitido pelo Corpo de Investigações Penais, Científicas e Criminalísticas (CICPC) da Venezuela ofereceu uma recompensa de US$ 500 mil (R$ 3 milhões) a quem fornecer informações sobre a localização de González.
Segundo o banner, o ex-candidato é procurado "pelos crimes de formação de quadrilha, cumplicidade na utilização de atos violentos contra a República, usurpação de funções, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, desconhecimento das instituições do Estado, instigação à desobediência às leis", dentre outros crimes. Nas últimas horas, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, apelou a seus apoiadores para que saíssem às ruas, enquanto o governo enviou forças militares e policiais para controlar qualquer manifestação contrária ao regime.
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