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Governo apoia boicote a Carrefour após veto à carne do Mercosul

Ministro da Agricultura parabenizou decisão de frigoríficos

25 nov 2024 - 06h45
(atualizado às 09h03)
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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva renovou suas críticas à França, afirmando que o Brasil não é uma "colônia" da nação europeia, em meio à polêmica envolvendo a decisão da rede de supermercados Carrefour de boicotar carnes provenientes do Mercosul.

    "Os franceses não podem nos tratar como uma colônia", declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PDS), em entrevista exibida no último domingo (24) pelo canal Globo Rural.

    Na semana passada, o CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, anunciou que a empresa deixará de comercializar carnes originárias do bloco sul-americano, justificando a medida como um apoio aos agricultores franceses.

    Em resposta, frigoríficos brasileiros suspenderam no último dia 20 de novembro a venda de carnes ao Grupo Carrefour no Brasil, que inclui as redes Carrefour, Atacadão e Sam's Club. A represália impacta cerca de 150 lojas da rede no país.

    Fávaro expressou apoio à iniciativa dos frigoríficos.

    "Parabenizei e apoiei a atitude deles. O presidente Lula (PT) soube da ação e gostou. Trata-se de soberania. Eles se acham a última bolacha do pacote", comentou.

    Segundo o ministro, "as empresas brasileiras que fornecem carne para lá (França) são as mesmas que fornecem aqui.

    Portanto, foi uma atitude bonita deles. Se não podem fornecer para o Carrefour francês, também não vão fornecer para o Carrefour brasileiro".

    Recentemente, Fávaro já havia dito que existe uma "ação orquestrada, com o objetivo de ferir a soberania, querendo arrumar um pretexto para a França não assinar o acordo Mercosul-UE". .

Ansa - Brasil
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