Governo israelense aprova acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza
Reféns deverão ser libertados a partir do próximo domingo (19)
Após um longo dia de negociações, o governo israelense aprovou nesta sexta-feira (17) de forma oficial o acordo de cessar-fogo com o grupo fundamentalista islâmico Hamas para a libertação dos reféns na Faixa de Gaza.
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou a decisão depois de cerca de sete horas de discussões. Em uma nota, o governo informou que "aprovou a estrutura para o retorno dos reféns". A trégua no enclave palestino está prevista para entrar em vigor a partir do próximo domingo (19).
De acordo com a imprensa local, a cúpula do Conselho de Ministros da nação terminou com 24 votos a favor, enquanto oito membros do governo foram contrários.
A unidade de reféns de Israel já notificou as famílias sobre as 33 pessoas sequestradas que deverão ser libertadas gradativamente ao longo da primeira fase do acordo de cessar-fogo, que durará 42 dias. O Hamas, no entanto, não revelou quantos dos 33 ainda estão vivos, embora se estime que a maior parte deste grupo esteja.
No próximo sábado (18), o grupo fundamentalista islâmico anunciará os nomes dos três primeiros prisioneiros que regressarão a casa.
Netanyahu disse durante a reunião que Israel "recebeu garantias inequívocas de ambos os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden e Donald Trump, de que se as negociações sobre a segunda fase do acordo falhar e o Hamas não aceitar as exigências de segurança, as Forças de Defesa de Israel retornarão aos intensos combates em Gaza com o apoio" de Washington.
Hamas e Israel chegaram a um acordo para um cessar-fogo na guerra em Gaza na última quarta-feira (15), após quase 467 dias de hostilidades e quase 48 mil mortos, segundo estimativas.
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