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Guaidó diz que 600 militares já desertaram governo Maduro

O chefe da Assembleia Nacional da Venezuela invocou cláusulas da Constituição para se autoproclamar presidente interino

1 mar 2019 - 15h33
(atualizado às 15h53)
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O líder opositor venezuelano Juan Guaidó, que visita o Paraguai nesta sexta-feira para angariar apoio para uma mudança de governo em seu país, disse que 600 militares já abandonaram o governo de Nicolás Maduro nos últimos dias.

Guaidó, chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, invocou cláusulas da Constituição para se autoproclamar presidente interino, argumentando que a reeleição de Maduro no ano passado foi fraudulenta.

Autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó
01/03/2019
REUTERS/Jorge Adorno
Autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó 01/03/2019 REUTERS/Jorge Adorno
Foto: Reuters

Desde então, Guaidó foi reconhecido pela maioria das nações ocidentais como o líder legítimo da Venezuela.

"Nas próximas horas anunciaremos novas marchas de protesto", disse Guaidó em uma coletiva de imprensa depois de se reunir com o presidente paraguaio, Mario Abdo, que recebeu o oposicionista como um chefe de Estado.

"Falamos claramente às Forças Armadas da Venezuela. Eles viram mais de 600 oficiais nos últimos dias mudarem de lado com a Constituição", acrescentou. "Existe um processo muito claro de transição para a democracia."

Sua equipe de imprensa disse que ele deve ir à Argentina ainda na sexta-feira para se encontrar com o presidente Mauricio Macri, um forte crítico de Maduro. O Ministério das Relações Exteriores da Argentina confirmou que os dois se reunirão em Buenos Aires e concederão uma coletiva de imprensa.

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