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Guerra na Ucrânia matou mais de 6,8 mil civis, aponta ONU

Número real deve ser 'consideravelmente superior', informa relatório

28 dez 2022 - 08h25
(atualizado às 08h31)
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Destruição provocada por bombardeio russo em Kherson, sul da Ucrânia
Destruição provocada por bombardeio russo em Kherson, sul da Ucrânia
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A guerra na Ucrânia já matou 6.884 civis desde 24 de fevereiro, mas o número real deve ser "consideravelmente superior", informa um relatório da Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) nesta quarta-feira, 28.

O documento aponta que foram mortos 2.719 homens, 1.832 mulheres, 175 meninos e 216 meninas. Outras 38 crianças e 1904 adultos são contabilizados, mas o sexo é desconhecido.

A maior parte das vítimas está no Donbass, nas regiões de Donetsk e Lugansk, que conta com grupos separatistas em guerra com Kiev desde 2014. Ali, foram 4.052 vítimas da guerra.

No entanto, a Acnudh destaca que os números reais do conflito devem ser superiores porque "as informações de áreas nas quais houve intensas hostilidades estão atrasadas e muitos relatórios ainda estão aguardando confirmação". Ainda conforme a agência da ONU, a maioria das mortes dos civis "foram provocadas por uso de arma explosiva com grande área de impacto".

Nesta quarta-feira, novamente, todo o território ucraniano está sob alerta de ataque aéreo por conta do uso de mísseis russos.

Além disso, conforme o portal "Unian", um dos piores bombardeios da Rússia ocorre na parte oriental da cidade de Kharkiv, a segunda maior da Ucrânia, e na região homônima.

"Kharkiv está sob ataque. Peço a todos que permaneçam nos refúgios e que observem as medidas de precaução", pediu o prefeito, Igor Terekhov, em mensagem via Telegram. Com o mesmo tom, o chefe militar regional, Oleg Sinegubov, também postou na rede social e solicitou que os moradores "não ignorem" os alertas.

Papa Francisco

Assim como ocorre em todas as audiências gerais desde o início do conflito, o papa Francisco voltou a rezar pelos ucranianos e pediu que o "menino Jesus conceda à martirizada Ucrânia, oprimida pela brutalidade da guerra, o desejado dom da paz".

O líder católico vem rezando e apelando pela paz no país europeu desde fevereiro e sempre se disse disponível a intermediar possíveis tratativas que coloquem um fim ao conflito.

Ansa - Brasil
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