Hamas diz que não haverá troca de prisioneiros antes de cessar-fogo em Gaza

Uma troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses em Gaza só ocorrerá após um cessar-fogo, disse nesta terça-feira a autoridade sênior do Hamas, Osama Hamdan, enquanto as negociações por um cessar-fogo continuam no Cairo entre o Hamas, Egito e Catar, sem sinais de avanços. 

Hamdan repetiu as condições do grupo para um acordo: o fim da ofensiva militar israelense, a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza e o  retorno de palestinos deslocados às casas das quais eles fugiram em outras áreas de Gaza.  

"Nos últimos dois dias, o movimento apresentou sua posição sobre a proposta apresentada pelos fraternos mediadores catarianos e egípcios. Reafirmamos nossas condições para um cessar-fogo: uma retirada completa da Faixa e o retorno dos deslocados às áreas que eles deixaram, especialmente no norte", disse, em coletiva de imprensa em Beirute. 

A situação humanitária é especialmente terrível no norte de Gaza, onde acredita-se que centenas de milhares de moradores tenham permanecido, apesar de ordens israelenses para que se retirassem. 

A ONU não consegue entregar auxílio alimentar à região norte desde 23 de janeiro. Autoridades israelenses negaram acesso a comboios da organização, contra os quais suas tropas dispararam. 

Os Estados Unidos realizaram a primeira de, segundo eles, uma série de entregas humanitárias aéreas em Gaza no último sábado.

Hamdan, no entanto, afirma: "Nós dizemos a Washington, mais importante que enviar auxílio é parar de fornecer armas para Israel".