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Hamas liberta duas reféns e cita 'razões humanitárias'; ação foi intermediada pela Cruz Vermelha

Porta-voz do grupo palestino confirmou liberação de duas mulheres que haviam sido raptadas e levadas para a Faixa de Gaza

23 out 2023 - 16h39
(atualizado às 23h14)
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Da esquerda para direita:  Nurit Cooper, 80 anos, e Yocheved Lifshitz, 85. A imprensa israelense aponta as idosas como as mulheres libertadas pelo Hamas nesta segunda-feira, 23.
Da esquerda para direita: Nurit Cooper, 80 anos, e Yocheved Lifshitz, 85. A imprensa israelense aponta as idosas como as mulheres libertadas pelo Hamas nesta segunda-feira, 23.
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Hamas libertou mais duas mulheres que eram mantidas reféns pelo grupo na Faixa de Gaza. A informação foi confirmada por um porta-voz do grupo, Osama Hamdan, para a Al Jazeera, nesta segunda-feira, 23. 

“Não recebemos nada [em troca de sua libertação]. Nós os liberamos por questões humanitárias”, disse Hamdan. Segundo o porta-voz,  a libertação ocorreu apesar de Israel ter violado os termos de um acordo que teria garantido a segurança dos reféns.

“Pedimos para parar de bombardear Gaza pelo menos por enquanto para libertá-los, enviando-os para a Cruz Vermelha e depois entregando-os às autoridades. Os israelenses não seguiram isso. Isso mostra que não se pode confiar no lado israelense”, afirmou. 

Segundo o Haaretz, as reféns foram identificadas como Yocheved Lifshitz, de 85 anos, e Nurit Cooper, 80. Ambas viviam no do Kibutz Nir Oz, que foi atacada no dia 7 de outubro por militantes do grupo. Os maridos das mulheres ainda estariam sendo mantidos como reféns pelo grupo em Gaza. 

As idosas foram liberadas por 'razões humanitárias e de saúde', em resposta a uma mediação feita pelo Catar e Egito, com ajuda da Cruz Vermelha.

Até o momento, 3 brasileiros foram mortos em Israel, além de outros 3 israelenses com ascendência brasileira.

Veja quem são:

Entenda os principais pontos da guerra entre Israel e Hamas:

  • Desde o início do conflito, mais 4.651 palestinos morreram, sendo 1.756 criança, e mais de  14.245 foram feridos em Gaza. Do lado israelense, 1.405 israelenses morreram, sendo 305 soldados e 57 policiais, e há amais de 5.132 feridos;
  • O Hamas é uma organização militar, política e social que comanda a Faixa de Gaza desde 2007, quando venceu as eleições legislativas palestinas. O grupo é considerado uma organização terrorista por países da União Europeia e pelos Estados Unidos, mas não pela ONU;
  • A Faixa de Gaza vive sob um intenso bloqueio terrestre, aéreo e marítimo, com restrições de entrada de suprimentos básicos, desde 2007, sendo considerada uma 'prisão a céu aberto' por analistas, pesquisadores e entidades de direitos humanos;
  • Os palestinos reivindicam a criação de seu estado (que inclui a Cisjordânia) desde 1948; 
  • Em 7 de outubro, o Hamas realiza a maior onda de ataques contra Israel;
  • Benjamin Netanyahu declara guerra ao Hamas e fala em destruir o grupo; 
  • Israel intensifica o bloqueio a Faixa de Gaza cortando o abastecimento de energia elétrica, combustível e água, criando uma crise humanitária sem precedentes em Gaza;
  • Hamas ameaça matar os reféns israelenses em retaliação à resposta militar israelense;
  • Entidades alertam para o risco de agravamento da crise humanitária em Gaza. Com os hospitais e necrotérios sobrecarregados, palestinos usam carros de sorvete e refrigeradores de alimentos para armazenar corpos;
  • 1 milhão de palestinos deixaram as suas casas em busca de refúgio no sul de Gaza; a população total da Faixa de Gaza é de 2.3 milhões, sendo 47% crianças;
  • Bombardeio ao hospital Hospital Batista Al-Ahli, em Gaza, deixou ao menos 500 mortos; Israel acusa Jihad Islâmica do bombardeio, grupo nega;
  • Representante palestino na ONU pede um cessar-fogo imediato;
  • Governo já repatriou mais de 1.135 brasileiros na operação Voltando em Paz;
  • Estados Unidos veta a resolução brasileira no Conselho de Segurança da ONU;
  • A terceira Igreja mais antiga do mundo, a Igreja de São Porfírio, localizada na Faixa de Gaza, foi bombardeada na noite de quinta-feira, 19;
  • Hamas já libertou ao menos 4 raféns negociação foi feita por intermédio do Catar; outros 200 seguem detidos em Gaza;
  • Mais de 100 camiões aguardam no lado egípcio da fronteira de Rafah para entrar em Gaza com ajuda humanitária; Fronteira foi aperta pela primeira vez apenas no sábado, dia 20. 
Fonte: Redação Terra
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