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Hamas propõe cessar-fogo em troca de reféns e prisioneiros palestinos

A gestão de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, afirmou que a proposta do Hamas continha "exigências irreais"

15 mar 2024 - 18h51
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O Hamas levou aos mediadores e aos Estados Unidos uma proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A oferta inclui a libertação de prisioneiros palestinos em troca de reféns israelenses. Entre os prisioneiros estão 100 que cumprem prisão perpétua. As informações são da Agência Reuters.

Hamas propões cessar
Hamas propões cessar
Foto: fogo - Canva / Perfil Brasil

O grupo terrorista declarou que ao libertar reféns, seriam soltos mulheres, crianças, idosos e reféns doentes. Em troca, eles pedem a libertação de 700 a 1.000 prisioneiros palestinos. A gestão de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, afirmou que a proposta do Hamas continha "exigências irreais".

O cessar-fogo vem sendo debatido entre os dois lados, através de intermediações do Egito e do Catar, que tentam diminuir as diferenças entre Israel e o Hamas. Este debate vem aumentando com o aprofundamento da crise humanitária que acomete a Faixa de Gaza, que já faz com que um quarto da população enfrente a fome.

A proposta mais recente apresentada pelo Hamas afirma que uma data para o cessar-fogo seria discutida após a troca de reféns e prisioneiros, e que seria estabelecido um prazo para retirada de soldados israelenses de Gaza após a primeira fase. Eles ainda disseram que todos os detidos, de ambos os lados, seriam libertados.

O Hamas também disse ter apresentado aos mediadores sua visão do que seria a trégua, que inclui o fim de ataques israelenses contra palestinos em Gaza, fornecimento de suprimentos e ajudas humanitárias, retorno daqueles que se deslocaram de Gaza e retirada das forças israelenses.

Outras negociações do cessar-fogo

Em fevereiro deste ano, houve conversas sobre a trégua no conflito em Paris, que resultou na criação de um projeto que incluía pausa de 40 dias nas operações militares e previa a troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses, numa proporção de dez para um, proporção essa que é semelhante à apresentada pelo Hamas.

Israel rejeitou, também, essa proposta, com a justificativa que seu objetivo é não acabar com a guerra até que o Hamas fosse destruído. Além disso, o governo israelense insistiu que os acordos devem pôr fim à guerra.

A ONU já alertou que cerca de 576 mil pessoas em Gaza estão à beira da fome e, com seis meses de conflito, a pressão tem aumentado sobre Israel para permitir acesso dos civis à ajuda humanitária.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Perfil Brasil
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